O culto à "diversidade" continua, desta vez nos Estados Unidos. Mais uma vez, não se trata de uma notícia exatamente recente, mas ilustra a confusão dos tempos em que vivemos.

A companhia Tonner Doll, que leva o nome de seu fundador, o empresário Robert Tonner, pretende comercializar ainda este ano uma boneca "transgênero", a primeira do mundo. Um protótipo da peça já foi exibido durante uma exposição na cidade de Nova Iorque, em fevereiro. A previsão era de que a boneca estivesse disponível para venda a partir do último mês de julho, mas, até o momento, nenhuma informação foi veiculada a esse respeito.

A peça é baseada em um "transgênero" da vida real, chamado Jazz Jennings. Trata-se de uma celebridade de apenas 17 anos que teve a sua história contada em seriados, filmes e livros. Jared, como ele realmente se chama, começou a sua "transição" para o sexo feminino com apenas 5 anos de idade, recebendo todo o suporte da família para tanto. No momento, o rapaz vem passando por uma terapia hormonal para bloquear a puberdade e o seu desenvolvimento natural como homem — provavelmente tendo em vista uma futura cirurgia de "mudança de sexo".

Para aqueles perguntando como seria uma boneca "transgênero", Robert Tonner e Jazz Jeanings respondem.

Em entrevista concedida à revista Forbes, o criador da boneca explica que, embora a sua intenção seja realmente criar um debate sobre o tema, ele não colocará a palavra "transgênero" na embalagem do produto. "Meu instrutor me perguntou: 'O que faz dessa boneca um 'transgênero' se ela não tem as partes?', ele conta de uma conversa que teve na academia. "Eu disse que tinha a ver com o que a boneca representa: uma pessoa com um problema que… vinte anos atrás, não dava para fazer algo assim. Agora, ela está gerando discussões, e é disso que eu gosto."

Este é Jared, de 17 anos. O mundo inteiro o conhece, porém, por seu nome de "transgênero", Jazz.

Em sua conta no Instagram, Jazz Jeanings manifesta a esperança de que o lançamento ajude a retratar as pessoas "transgênero" de uma forma positiva. "A boneca é tida como a primeira boneca 'transgênero' porque é baseada em um indivíduo que é trans", ele explica. "É claro que se trata apenas de uma boneca feminina normal, porque isso é exatamente o que eu sou: uma garota normal!"

Mas quão "normal" é alguém dizer ser "mulher" tendo, em todas as células do corpo, cromossomos sexuais XY? A propósito, em um dos episódios de I Am Jazz — seriado da rede TLC criado justamente para contar a história de Jazz —, o protagonista da trama relata, em um clima bem descontraído, ter sofrido uma ereção. Com o perdão da franqueza, quão normal é para uma "mulher" ter… ereções?

Não se pode aceitar tudo isso, na verdade, sem aceitar primeiro o "dogma" dos ideólogos de gênero de que "as pessoas podem ser o que elas quiserem ser". Talvez você ainda não tenha deparado com algo assim, mas não é difícil encontrar hoje sites ou páginas nas redes sociais afirmando, por exemplo, que "alguém com pênis não é necessariamente um homem" e "alguém com vagina não é necessariamente uma mulher". O papel da biologia na determinação de nossa identidade vai-se tornando praticamente irrelevante. A diferenciação dos sexos não existe mais. Tudo pode ser mudado pela vontade "onipotente" dos seres humanos.

Como escreve Peter LaBarbera para o LifeSiteNews.com, "os jovens de hoje — como Jazz Jeanings mesmo — são apenas as últimas cobaias das ideologias liberais, que estão reclassificando a sua rejeição do plano maravilhoso de Deus para o homem e a mulher como um 'direito civil'. E nós, é claro, como defensores da natureza e do Deus da natureza, não passamos de 'preconceituosos transfóbicos'."

Santo Antão do Deserto profetizou, certa vez, o seguinte: "No futuro, os homens enlouquecerão. Pegarão um que não é louco e o sacudirão dizendo: você é um louco, você não é como nós" [1]. Pois bem, alguém ainda duvida de que esses tempos sejam os nossos?

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