Boa parte dos namoros de hoje em dia está pautada numa mentalidade de "descarte", de "usar e jogar fora". É isto que está por trás do costume, tão difundido entre os jovens, de "ficar": a outra pessoa é vista como um passatempo, como algo divertido e atraente de que se tira proveito para depois ser jogado na lata do lixo.
A dificuldade que muitos namorados sentem em viver a castidade, portanto, se deve ao fato de que o namoro deixou de ser encarado em sua natureza íntima, em seu propósito fundamental, ou seja, como etapa preparatória ao longo da qual duas almas, à medida em que aprendem a ser amigas, vão discernindo na outra o pai ou a mãe que desejam para seus filhos.
Por isso, a maior prova de amor que os namorados se podem fazer é o esforço sincero por não usarem e se aproveitarem do outro como um objeto de prazer e auto-satisfação egoísta. A castidade é a mais perfeita expressão de que duas pessoas são donas de si mesmas e, portanto, capazes de generosidade e auto-doação, características essenciais de toda relação matrimonial madura e saudável.