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A indulgência da Porciúncula

Hoje, dia 2 de agosto, a Santa Mãe Igreja, abrindo com generosidade os tesouros que por Cristo Senhor lhe foram confiados, dá a seus filhos a possibilidade de lucrarem a indulgência plenária da Porciúncula. Como consegui-la?

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 13, 54-58)

Naquele tempo, dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

Hoje, dia 2 de agosto, a Santa Igreja, abrindo com materna generosidade os tesouros que por Cristo Senhor lhe foram confiados, dá a seus filhos a possibilidade de lucrarem a indulgência plenária da Porciúncula, cuja origem se deve àquela ardentíssima caridade com que S. Francisco de Assis, pai seráfico dos frades menores, iluminou e incendiou de amor os lugares e as almas que tiveram a alegria de o conhecer. Segundo as crônicas da Ordem, no ano de 1216, após passar a noite em profunda oração, S. Francisco teve na pequenina igreja da Porciúncula, nas proximidades de Assis, uma visão de Maria SS. e de seu divino Filho. Perguntaram-lhe, naquela milagrosa e singular aparição, que favor ele gostaria de pedir. Zeloso pela salvação das almas, Francisco não demorou a responder-lhes: “Que todos quantos, arrependidos e devidamente confessados, vierem visitar esta igrejinha, possam receber a completa remissão de seus pecados”. Jesus então lhe disse: “É grande o que me pedes; mas to concedo de bom grado, sob a condição de que vás pedir tal indulgência ao meu vigário na terra, o Papa”. Francisco foi às pressas ao encontro do Pontífice reinante à época, Honório III, que, apesar das hesitações da Cúria Romana, acabou por aprovar o inusitado pedido. Voltando a Porciúncula poucos dias depois, o pai seráfico exclamou, com lágrimas de alegria, diante do povo e do episcopado da Úmbria: “Irmãos, quero levar-vos todos para o Paraíso!” E assim ficou instituído o chamado Perdão de Assis.

Essa indulgência, válida até os nossos dias, pode ser lucrada todo dia 2 agosto pelos fiéis que, cumprindo as condições usuais, visitarem a pequena igreja da Porciúncula, na Basílica de Santa Maria dos Anjos. No entanto, aos fiéis que não for possível realizar essa peregrinação a Igreja concede a mesma indulgência, bastando-lhes para isso, além de preencher as condições requeridas (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Santo Padre), visitar uma igreja catedral ou sua matriz paroquial e, nessa piedosa visita, recitar a Oração Dominical e o Símbolo dos Apóstolos (cf. Indulgentiarum Doctrina, normas 15-16; Manual das Indulgências, concessão n. 65). Esse privilégio se estende também a todas as igrejas franciscanas. Aproveitemo-nos, pois, dos dons que o Senhor, por intermédio de sua única e santa Igreja, hoje nos concede. Corramos a lucrar a indulgência da Porciúncula; livremo-nos do Purgatório, socorramos as almas que lá ainda padecem, abramo-nos ao perdão de Deus. — “Irmãos, quero levar-vos todos para Paraíso!”, permanece a clamar o poverello de Assis a todo fiel cristão.

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