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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt
5, 17-19)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.

Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus".

A Lei e os profetas, durante a vigência do Antigo Testamento, formavam como que as duas faces de uma mesma moeda: a primeira, sob um aspecto mais "negativo", prescrevia aos judeus o que não se devia fazer; os segundos, por sua vez, impulsionavam o povo a agir em conformidade com o bem moral de modo, por assim dizer, mais "positivo". Quanto à Lei, no entanto, convém fazer uma precisão. Sob ela, com efeito, estavam contidos três "capítulos": de um lado, a lei natural, inscrita no coração do homem pelo próprio Criador da natureza e positivada de forma explícita nos Dez Mandamentos; de outro, um série de observâncias tanto cerimoniais quanto jurídicas, que regiam a vida religiosa e civil dos antigos hebreus.

As normas rituais, prefigurações do que haveria de realizar-se com a chegada do Messias de Israel, foram abolidas com o advento da Nova e eterna Aliança de Cristo Jesus; as jurídicas, por fim, foram ultrapassadas e aperfeiçoadas pelo mesmo Senhor, que as compendiou de maneira sublime na Nova Lei do amor (cf. Jo 13, 35; 15, 12), gravada não mais em tábuas de pedra, mas no íntimo dos corações (Jr 31, 33). Nisto também se cumprem, pois, todas as profecias: se o velho Pentecostes comemorava a entrega dos Mandamentos a Moisés no Monte Sinai, o novo celebra a vinda do Espírito Consolador, que derrama em nossas almas o licor celestial da caridade evangélica, em virtude da qual passamos do estado de servos para o de amigos (cf. Jo 15, 15), filhos e herdeiros de Deus (cf. Gl 4, 1-7; CIC 1972).

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