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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt
5, 1-12a)

Naquele tempo: Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

O Dia de Finados, além de nos dar uma ótima oportunidade para rezarmos com especial fervor pelas almas de nossos parentes e amigos falecidos, é também uma excelente ocasião para renovarmos a fé numa realidade hoje um pouco esquecida e negligenciada: o Purgatório. Atestada já nas catacumbas dos primeiros séculos, a oração pelos cristãos defuntos, uma constante em toda a história da Igreja, lança raízes na necessidade de, após esta vida, nos purificarmos para entrar no Reino dos Céus. Se é verdade, pois, que muitos fiéis, devido à perfeição no amor com que viveram, encontram as portas do Céu já abertas e à sua espera, é também verdade, por outro lado, que boa parte dos que se salvam tem de preparar-se para ver Nosso Senhor face a face. E é nas nossas preces e orações que estas almas felizes e ansiosas encontram seu maior auxílio e consolo; é, sim, por meio de nossa suplica constante e confiada que Deus, no mistério de sua Providência, lhes encurta o tempo de purgação e as conduz definitivamente à glória do seu Reino.

Por isso, a Igreja, como depositária e dispensadora dos frutos da Redenção, abre hoje maternalmente os seus santos tesouros e oferece a todos os fiéis a possibilidade de lucrarem, em favor das almas do Purgatório, uma indulgência plenária. Tudo o que devemos fazer é ir a um cemitério de nossa escolha e lá, com fé e devoção, rezar pelos defuntos. Feito isso, a Igreja, para melhor prover ao nosso bem espiritual e ao crescimento de nossa fé, exige que, no espaço de uma semana (isto é, até o dia 8 de novembro), recorramos à confissão sacramental, comunguemos e rezemos nas intenções do Sumo Pontífice. Estas três condições podem ser preenchidas em dias diversos e em qualquer ordem. Essa indulgência plenária, lembremo-nos, é aplicável somente à alma do Purgatório pela qual rezarmos; se essa alma (Deus o queira!) já houver ido para o Céu, Nosso Senhor, em sua infinita bondade e sabedoria, aplicará a indulgência à alma que desejar. Aproveitemos essa semana para ajudarmos os nossos irmãos que, mortos na fé, esperam com alegria e avidez indescritíveis ir, enfim, para o seio do Pai!

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