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Cristo, o nosso cirineu

Firmes na fé, tenhamos a certeza de que temos em Cristo um cirineu que nos ajuda a carregar qualquer cruz, porque, ao contrário dos fariseus, que impunham cargas sem tocá-la com um só dedo, o Senhor nos sustenta com sua força divina, amando-nos em nós ao ser por nós amado.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 11, 42-46)

Naquele tempo, disse o Senhor: “Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas, e de serdes cumprimentados nas praças públicas. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber”.

Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!” Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo”.

No Evangelho de hoje, o Senhor repreende os escribas e fariseus pelos fardos insuportáveis que impõem aos outros, enquanto eles próprios, com farisaica consciência, engrandecem o pequeno e apequenam o grande, isto é, dão demasiada importância a pontos secundários da Lei e fazem pouco caso dos principais Mandamentos: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo”. Nisto se vê a diferença que há entre a moral cristã e o moralismo que muitos confundem com o cristianismo. A moral cristã, sem atenuar as exigências de uma vida justa, se funda na certeza de que, por maiores que sejam os Mandamentos, Deus nos socorre sempre com sua graça, prevenindo-nos para que possamos, acompanhando-nos para que façamos e consumando o que nos ordena que concluamos. O moralismo, por sua vez, está convencido de que o homem está abandonado às suas próprias forças, e por isso a lei moral teria de ser vivida agonicamente, como uma carga desgostosa, para suportar a qual seria necessário fazer violência contra si mesmo. O moralismo cumpre o dever por dever; a moral cristã cumpre o dever por amor. O moralismo, pondo o homem no centro de tudo, sobrecarrega-o com tamanhas responsabilidades, que não é muito que ele sacuda esse jugo horrível e prefira entregar-se ao pecado; a moral cristã, pondo Deus no fundo do coração, dá ao homem a confiança de que lhe não há de faltar a graça divina, por maior que seja o heroísmo que uma dada situação nos peça. Aprendamos de Cristo, manso e humilde de Coração, cujo fardo é leve e o jugo, suave. Firmes na fé, tenhamos a certeza de que temos em Cristo um cirineu que nos ajuda a carregar qualquer cruz, porque, ao contrário dos fariseus, que impunham cargas sem tocá-la com um só dedo, o Senhor nos sustenta com sua força divina, amando-nos em nós ao ser por nós amado.

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