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E se víssemos a Jesus?

De pouco nos adiantaria ver Jesus com os olhos da carne se o não pudéssemos ver com os da fé. Viram-no as multidões, viram-no Pilatos e Herodes, mas só uns poucos tiveram os olhos abertos pela graça para ver quem de fato era o Senhor.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 9, 7-9)

Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.

No Evangelho de hoje, procura o tetrarca Herodes ver Jesus; no de amanhã, confessa-o S. Pedro como o Filho de Deus. Hoje, movido de curiosidade, um rei quer ver aquele de quem tanto se fala; amanhã, movido pela graça, um apóstolo crê naquele a quem tantos vinham sem poder crer. Nesta diferença entre um e outro Evangelho vemos o pouco que vale ver Jesus com os olhos da carne se não o podemos ver com os da . Com efeito, viam as multidões de Israel os milagres de Cristo, mas porque não tinham olhos para ver, pensavam ser Ele ou João Batista ressuscitado ou o profeta Elias ou alguns dos profetas trazidos de volta à vida. Mesmo diante de tantos sinais, de tantas evidências, não puderam as turbas ver o que só Pedro poderá amanhã, iluminado pelo Pai do céu: “Tu és o Cristo de Deus” (Lc 9, 20). Também o tetrarca Herodes, como muitos de nós, quer ver Nosso Senhor, não porque cresse no que dele se falava, mas para satisfazer a curiosidade dos olhos e para, vendo, decidir se iria ou não crer. Herodes, é certo, terá ainda a chance de ver Nosso Senhor pouco antes da Paixão, mas morrerá sem nunca ter sabido quem de fato era Jesus. Que não seja assim a nossa atitude, mas de humilde submissão à Palavra de Deus, em quem devemos crer, por ser Ele quem diz e atesta o que diz, sem dele exigir sinais ou provas palpáveis. Porque mesmo que, como Tomé, tivéssemos o privilégio de contemplar em carne visível a Cristo, ainda assim precisaríamos da graça para, também como Tomé, crermos na verdade invisível que se revela no Ressuscitado: “Meu Senhor e meu Deus”. 

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