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Memória de São Cornélio e São Cipriano

A Igreja nos desafia à conversão e à santidade, mas também está pronta, se nos arrependermos, a receber de volta em seu grêmio nós que tantas vezes a traímos por nossas quedas e infidelidades.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 7, 31-35)

Naquele tempo, disse Jesus: “Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’

Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.

Os santos Cornélio e Cipriano, cuja memória hoje celebramos, foram dois mártires do séc. III que morreram com mais ou menos cinco anos de intervalo: o primeiro em 253; o segundo em 258. A Igreja os recorda em sua Liturgia há mais de um milênio, como atesta o próprio Cânon Romano, em que o nome deles é mencionado no Communicantes, pouco depois dos Apóstolos. S. Cornélio foi romano de origem e chegou a ocupar o sólio pontifício; o seu pontificado, que durou cerca de dois anos, foi bastante turbulento em virtude da intensa onda de perseguições movida contra a Igreja pelo imperador Décio e do cisma de Novaciano. Já S. Cipriano, que, antes de converter-se à fé, exercera a função de advogado, foi Bispo de Cartago, no norte da África, e teve de enfrentar o cisma do presbítero Novato. A época em que ambos viveram, se por um lado presenciou a coragem extrema de muitos mártires, viu também a queda vergonhosa de inúmeros cristãos — os chamados lapsi, “caídos” —, que preferiam ceder à pressão das autoridades romanas a seguir a Cristo com sua cruz. S. Cornélio e S. Cipriano defenderam o direito de tais fiéis serem readmitidos à comunidade cristã, desde que fizessem a devida penitência, a fim de reparar, por um lado, o gravíssimo pecado de infidelidade que haviam cometido e, por outro, reconstruir em seus corações a imagem do Senhor crucificado que tinham rejeitado. — Que o exemplo e a intercessão destes dois santos nos levem a viver como convém o espírito de penitência, para que também nós, chorando os pecados com que ofendemos e traímos a Deus, possamos ser readmitidos à sua presença e contados no número de seus amigos fiéis.

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