Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 12, 35-37)
Naquele tempo, Jesus ensinava no Templo, dizendo: "Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: 'Disse o Senhor ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés'. Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?" E uma grande multidão o escutava com prazer.
A Santa Madre Igreja nos traz hoje à memória a figura de um dos pais da cidade de São Paulo, S. José de Anchieta, espírito de profunda veia apostólica que não mediu esforços para levar aos nativos de nossa terra a vida que Cristo, por seu Sangue, lhes conquistara no Calvário. Nascido nas Ilhas Canárias em 1534 e educado em Coimbra, em cuja Universidade tomou contato com a Companhia a que pouco depois teria a honra de pertencer, José de Anchieta, embora frágil de saúde, veio para o Brasil aos dezesseis anos e palmilhou o que do nosso país se conhecia à época. O ardor que o animava a catequizar os indígenas que aqui então viviam levou-o a escrever a primeira gramática da língua tupi, a fim de lhes tornar o mais familiar possível a santa fé católica; fazendo-se, pois, tudo para todos, ele soube traduzir o Evangelho e a doutrina da Igreja, sem lhes alterar um só ponto, à índole própria da nossa gente, confortadas desde então com a esperança da salvação que só em Cristo, nosso Redentor, é possível ter. E hoje, elevado à honra dos altares depois de tanto trabalhar pela evangelização do Brasil, continua a olhar por todos nós, filhos de seu empenho missionário, e a socorrer-nos com sua intercessão. Recorramos, pois, a este semeador do Evangelho e peçamos-lhe não só que nos ajude a arder de caridade apostólica, mas que também nos inspire por seu exemplo a amar cada vez mais a Virgem Santíssima, Rainha de nossa terra.
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