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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 23, 23-26)

Naquele tempo, disse Jesus: “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto, sem contudo deixar aquilo.

Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo”.

Breve explicação do Evangelho. — V. 23-24. Por prescrição da Lei, devia-se pagar o dízimo, ou seja, décima parte dos animais domésticos e de alguns frutos da terra (cf. Lv 27, 30-33; Dt 14, 22ss). Os escribas e fariseus, para dar sinais de serem fiéis cumpridores da Lei, pagavam o dízimo inclusive da mentha, isto é, da hortelã, erva odorífera com a qual os judeus costumavam cobrir o pavimento dos edifícios; do anetho, isto é, da erva-doce, planta frequente na Palestina; e do cymino ou cumino, isto é, do cominho, que os antigos utilizavam com frequência para condimentar os alimentos. — No entanto, deixavam “de lado os ensinamentos mais importantes da Lei”: a justiça, isto é, o juízo justo nos tribunais; a misericórdia, ou seja, a caridade para com o próximo; e a fidelidade no cumprimento das promessas e compromissos. Deveriam, pois, “praticar isto” em primeiro lugar, “sem contudo deixar aquilo”, isto é, aquelas obras de supererrogação, desde que feitas com reta intenção. “Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo”, quer dizer, sois diligentes nas coisas mínimas e de detalhe, mas negligenciais os preceitos graves e importantes. Para os judeus, tanto o mosquito quanto o camelo eram animais imundos (cf. Lv 11, 22ss; Dt 14, 7). — V. 25-28. Com uma dupla imagem se condena a hipocrisia dos sindetrindas: a) com a semelhança daquele que, para comer ou beber, limpasse o copo por fora, mas não por dentro; b) e do sepulcro caiado exteriormente, mas cheio de podridão e imundícies no interior. Alude Jesus ao costume de lançar cal sobre sepulcros abertos, sobretudo antes das festas pascais, para que nenhum desavisado passasse por cima e se tornasse legalmente impuro (cf. Nm 19, 16) [1].

Referências

  1. Tradução levemente adaptada de Cf. H. Simón, Prælectiones Biblicæ. Novum Testamentum. 4.ª ed., iterum recognita a J. Prado. Marietti, 1930, vol. 1, p. 492, n. 350.
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