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Memória do Beato Inácio de Azevedo e companheiros mártires

A cruz não é um “acidente de percurso” nem algo “inusitado” na vida do cristão: é, pelo contrário, o ponto central da nossa vocação, o meio ordinário pelo qual Deus nos quer configurar a Cristo e preparar para a glória da Ressurreição.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 11,25-27)

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.

A Igreja nos propõe hoje à reflexão a memória do Bem-aventurado Inácio de Azevedo e seus companheiros mártires, que derramaram o sangue por amor a Jesus Cristo nas mãos de corsários huguenotes. Junto ao mastro principal do convés, Inácio levava consigo uma imagem de Nossa Senhora, Salus populi Romani, e exortava os evangelizadores que o acompanhavam a se manterem firmes na fé e prontos a morrer pelo Senhor cujo nome pregavam, a fim de receberem dele a coroa imarcescível de glória que Deus tem reservada aos que o testemunham até a morte. Morrendo pela santa fé católica, como bons filhos da Santa Mãe Igreja, Inácio e seus companheiros são outros daqueles muitos luzeiros com que Cristo faz brilhar aos nossos olhos a fortaleza conferida por sua graça aos que o amam e nada temem senão o ofender e trair, pois quem “não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim”. São eles também um sinal claríssimo de que a nossa vocação é a cruz, e é por ela e somente por ela que Deus nos quer dar entrada ao céu: porque, com efeito, as dores e sofrimentos, as tribulações e dificuldades que todo cristão experimenta, outros mais, outros menos — cada um, porém, segundo a medida querida por Deus —, não são um “acidente de percurso” nem um contratempo que temos de suportar até as coisas melhorarem; são, pelo contrário, a nossa glória, a nossa alegria, a oportunidade especial que Deus nos dá para, configurados a Cristo, seguirmos como bons discípulos as mesmas pegadas do Mestre, que não quis entrar na glória da Ressurreição sem tomar antes o cálice da Paixão. Recorramos, pois, à intercessão destes santos varões missionários que, fortalecidos pela graça divina, entregaram-se em oblação àquele que por eles morrera no Calvário e hoje, reinando com Ele no Céu, rogam para que a fé que aqui vieram pregar permaneça, cresça e se expanda como árvore frondosa no coração do povo brasileiro. — Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós!

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