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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João 
(Jo 10, 1-10)

Naquele tempo, disse Jesus: “Eu vos afirmo e esta é a verdade: quem não entra pelo portão no redil das ovelhas, mas pula o cercado, é um assaltante e ladrão. Pelo contrário, quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A ele o vigia permite a entrada, e as ovelhas reconhecem sua voz. Ele chama a cada uma das suas próprias ovelhas pelo nome e as leva para fora. E, depois de tirar todas as ovelhas que lhe pertencem, caminha diante delas e elas o seguem, porque reconhecem a sua voz. Mas elas não seguirão, de jeito nenhum, a um estranho. Pelo contrário, fugirão dele, porque não conhecem a voz de estranhos”. Jesus lhes apresentou esta parábola. Mas eles não compreenderam o significado do que dizia. Por isso ele lhes explicou: “Eu vos afirmo e esta é a verdade: eu sou a porta das ovelhas. Todos os outros que vieram antes de mim foram ladrões e assaltantes; mas as ovelhas não lhes deram ouvidos. Eu sou a porta. Quem por mim entrar será salvo e poderá entrar e sair e achará pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que os homens tenham a vida e a tenham em abundância”.

Assim como nós lemos ontem, 4º Domingo da Páscoa, o Evangelho do Bom Pastor, hoje continuamos a meditação sobre esse discurso de Jesus, presente do capítulo décimo do Evangelho de São João.

Para lermos esse capítulo, é importante entendermos o seguinte: Jesus não está contando exatamente uma parábola, mas está usando metáforas, ou seja, comparações. Em certo momento, Jesus é “o Pastor”; em outro, Ele é “a Porta”, e assim por diante. Logo, não se trata de uma história que é contada de forma a desenvolver um enredo. Assim como ouvimos no domingo que Jesus é o Bom Pastor, hoje Jesus diz: “Eu sou a porta”. 

Se pegarmos uma outra frase do Evangelho de São João, que está no capítulo 14, na Última Ceia, Jesus diz: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. No Evangelho de hoje, Cristo diz uma parábola sobre o pastor e as ovelhas. Os Apóstolos tiveram dificuldade de entendê-la, então Cristo explicita que Ele é a porta das ovelhas, e quem passar por Ele será salvo.

Santo Tomás de Aquino nos recorda que Jesus é “Caminho” enquanto homem, e “Vida” enquanto Deus. Se nós quisermos ir para Deus, a estrada, a porta é Jesus, que é o meio que o Pai usou para nos unir a Ele. É por isso que nas orações litúrgicas nós dizemos: “Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho”. 

Precisamos nos juntar a essa humanidade extraordinária e ressuscitada de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nunca poderemos deixar de lado a realidade de que Deus se encarnou e veio nos redimir. Ele, nascido em Belém, crescido em Nazaré e sacrificado na Cruz, é a quem devemos nos apegar.

E, se não passarmos pela porta que é Cristo, tornamo-nos ladrões. Nesse sentido, quando virmos pessoas apresentando o cristianismo sem mostrar o caminho para Deus através de Jesus Cristo encarnado, morto e ressuscitado, podemos ter certeza de que ali existe algo perigoso e mortífero, porque o objetivo do ladrão é assaltar, matar e destruir.

Jesus veio para que tenhamos vida, e a tenhamos em abundância, porque é através dele que participamos da vida de Deus. Portanto, em cada Missa que participamos e em cada oração que fazemos, sempre consideremos isto: a humanidade de Cristo é um instrumento maravilhoso que nos une a Deus e, sem ela, nós nunca teremos a vida divina, que Ele veio nos dar de presente.

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