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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 6, 30-34)

Naquele tempo, os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles.

Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

Hoje, em seus versículos conclusivos, o autor da Epístola aos Hebreus abençoa-nos com a seguinte anamnese: “O Deus da paz, que fez subir dentre os mortos aquele que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna, o grande pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus, vos torne aptos a todo bem, para fazerdes a sua vontade” (Hb 13, 20-21). Deus é, em primeiro lugar, o Deus da paz, que para no-la dar fez seu filho, Jesus Cristo, descer do céu, morrer nas mãos dos pecadores e ressurgir dentre os mortos, resgatando-nos assim “pelo sangue de uma aliança eterna”. Agora, reconciliados com Deus, temos diante do Pai um Sumo e eterno Sacerdote, cujas chagas gloriosas proclamam e proclamarão para todo o sempre o amor infinito da SS. Trindade por todos os homens. Fomos, pois, amados pelo derramamento de um Sangue preciosíssimo, símbolo e princípio da vida, e por ele enriquecidos com uma vida nova e superior, que começa já aqui neste mundo, pela participação da graça, e há-de consumar-se no céu, pela visão da glória de Deus. É este Sangue, demonstração mais do que suficiente do amor divino, a única coisa que pode dar a paz verdadeira, porque só ele restabeleceu a justiça, reparando abundantemente a injúria à honra divina que é o pecado, e remiu as nossas faltas, tornando-nos gratos novamente aos olhos de Deus. Mas, se fomos reconciliados, precisamos agora responder a esse dom de amor, e é por isso que o autor sagrado reza: “Que o Deus da paz [...] vos torne aptos a todo bem”. E não só isso: se fomos remidos, já não nos pertencemos, mas àquele que nos resgatou a tão alto preço, e é por isso que o hagiógrafo conclui: “[...] para fazer a sua vontade”. Com efeito, já não podemos viver mais para nós depois de termos chegado ao conhecimento de que o Deus da vida se fez carne e derramou o próprio Sangue, para que tivéssemos vida, e vida em abundância, a fim de que, renascidos pelo Espírito, se realizasse em nós tudo o que lhe é agradável. Ofereçamos-lhe, pois, sem cessar “um perene sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram o seu nome” (Hb 13, 15)! Ao Deus e Príncipe da Paz, Jesus Cristo Nosso Senhor, seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém!

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