Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 16, 9-15)
Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!"
Ao sermos batizados, morremos para nós mesmos e para tudo quanto seja pecado, de modo que a nossa vida, agora renovada, passa a estar "escondida com Cristo em Deus" (Col 3, 3), como diz o Apóstolo. Pela ablução do Batismo, com efeito, somos despojados dos andrajos do homem velho e, tal como os neófitos de outrora, revestidos com as vestes brancas da graça divina. É, portanto, nosso dever de batizados prolongar até o fim dessa peregrinação a candura da vida nova de que fomos enriquecidos, a fim de sermos encontrados fiéis, como bons combatentes (cf. 2Tm 4, 1), Àquele que, por sua Paixão e Morte de Cruz, abriu-nos as portas do Paraíso. Sabendo, pois, que ainda estamos no mundo, embora a ele não pertençamos, e aqui apenas "ensaiamos" o destino que nos espera após a morte, mantenhamos sempre os olhos postos na eternidade que nos espera; com a mente sempre elevada aos céus e os pés bem firmes no chão, usemos das coisas do mundo sem atar a elas o nosso coração, cientes de que "todo o tempo que passamos no corpo", preocupados com as vaidades do homem carnal, "é um exílio longe do Senhor" (2Cor 5, 6). Peçamos hoje a Deus, Pai todo-poderoso, que nos conceda a graça de, tendo já celebrado as festas da Páscoa, refletirmos em nossa vida diária e em nossos costumes, reformados pelo Evangelho, a alegria esperançosa de quem sabe ter uma habitação eterna no Céu (cf. 2Cor 5, 1).
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