O Papa Francisco voltou a condenar a tendência de se separar a fé em Jesus Cristo da pertença à Igreja. Numa época marcada pela indiferença religiosa, as palavras do Santo Padre soaram como um duro golpe no slogan moderno "Jesus sim, Igreja não". Para Francisco, isso "é uma dicotomia absurda". As palavras do Papa foram proferidas nesta manhã, durante a homilia da Missa que celebrou na Capela Paulina, por ocasião de seu onomástico, São Jorge.
Apesar do alerta de Francisco, é comum encontrar pessoas que pensam dessa maneira. Já o Papa Pio XII denunciava essa recusa à Igreja como algo diabólico. O Santo Padre elencava os três "nãos" do diabo: o primeiro era à Igreja, o segundo a Cristo e o terceiro ao próprio Deus. Uma verdade que salta aos olhos, sobretudo quando se analisa as tantas e tantas teologias que se afastaram do Magistério dos Santos Padres: acabaram inventando um Jesus muito distante daquele do Evangelho.
A Igreja é, por excelência, o lugar comum e legítimo para profissão da fé. Tanto é verdade que o Papa Paulo VI se expressou desta forma na Encíclica Evangelii Nuntiandi: "é ela (a Igreja) que tem a tarefa de evangelizar. E essa tarefa não se realiza sem ela e, menos ainda, contra ela". Ora, se a Igreja é o Corpo de Cristo, de que maneira se pode amar a Cristo e não o seu Corpo? Por conseguinte, Paulo VI se recordava das Palavras do próprio Senhor para lamentar por aqueles que renunciam a Igreja, a pretexto de uma fé "independente": "Quem vos rejeita é a mim que rejeita".
E de fato, aqueles que renunciaram aos ensinamentos da Igreja acabaram por renunciar ao próprio Deus. Pensa-se em um Cristo histórico de várias faces: o hippie, o comunista, o revolucionário, o reformador, o moralista. Mas em nenhum se encontra a face real do Bom Pastor. Não são o Cristo do Evangelho, mas o Cristo feito à imagem e semelhança de seus ideólogos. Um Cristo sem fé, sem cruz e, portanto, sem redenção. Não é por menos que o Papa Francisco abominou as interpretações ideológicas do Evangelho, tachando-as de "falsificações":
"Toda interpretação ideológica, de qualquer parte vier, é uma falsificação do Evangelho. E esses ideólogos – como vimos na história da Igreja – acabam por se tornar intelectuais sem talento, moralistas sem bondade. Nem falemos de beleza, porque disso eles não entendem nada".
Assim como ensinou o Papa Francisco, não pode existir fé em Cristo se não existir fé na Igreja. Não se trata de imperialismo religioso ou dogmatismo, mas simples fidelidade e coerência com a vontade de Deus. Aqueles que não reconhecem isso, não são capazes de reconhecer mais nada. E não é de se impressionar. Para isso, bastam as palavras de G.K. Chesterton: "Não me intimido com um jovem cavalheiro dizer que ele não pode submeter seu intelecto ao dogma, pois duvido que ele alguma vez tenha usado seu intelecto o suficiente para definir o que seja um dogma."
Neste sentido, a missão do católico é resgatar "o dom da força cristã, o mesmo que teve São Jorge quando deixou o uniforme militar para vestir o uniforme da fé", disse o Santo Padre recordando seu onomástico.
Assim, o site padrepauloricardo.org, além de celebrar com toda Igreja essa data especial para o Papa Francisco, gostaria de reforçar esse convite do Pontífice para que o fiel católico tenha a coragem de vivenciar a sua fé em total comunhão com a Igreja, ou seja, com o Sucessor de São Pedro.
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Eu gostei muito, então quem quer se afastar da igreja não professa fé nenhuma, porque a oração do Credo é tudo o que cremos e devemos obediência, se na Igreja somos o corpo e membros devemos, mais que nunca rezar para esses tempos difíceis.
Não sei o que ouço sobre o papa Francisco é Fake ou não, mas eu particularmente duvido muito que ele seja um verdadeiro cristão
Muito bom. Fidelidade a Cristo e à Sua Igreja sempre. Com doçura, fé e constância. 🙏🙏🙏 Coragem! Sigamos o Senhor!
"Christus mansionem benedicat"- Cristo, abençoe esta casa".
No Hino das Laudes lemos hoje em 23/01/2024:
Que nós, da luz os filhos,
solícitos andemos.
Do Pai eterno a graça
nos atos expressemos.
Profira a nossa boca
palavras de verdade,
trazendo à alma o gozo
que vem da lealdade.
A vós, ó Cristo, a glória
e a vós, ó Pai, também,
com vosso Santo Espírito,
agora e sempre, Amém.
Em manifestão recente um emérito se dirigiu à assembléia em palavras e gestos externos esvaziados de sentido ao expressar o seu desencanto juvenil.
Por que teria se manifestado dessa maneira?
“Eu me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos”, falou Elias em I Reis 19:10, depois de ter desejado a morte, "porque não era melhor do que (seus) pais", versículo do espírito combativo revigorado com o "alimento", também lembrado na fundação do Mosteiro da Santa Cruz e seus dois sinos em Nova Friburgo em maio de 1987, abençoados solenemente por Dom Castro Mayer na ocasião (sua Páscoa a praticamente 33 anos atrás).
Um filósofo disse certa vez que tinha preguiça de pensar - era "sua reação instintiva (em) apegar-se ferozmente ao direito natural de não pensar no caso."
"Mas, ao argumentar em favor desse direito, (acabava) tendo de se perguntar por que afinal existia o maldito problema."
Então, aquilo "se (tornava) uma investigação de fundamentos, isto é, o empreendimento mais filosófico que existe.
Nossos santos e doutores da Igreja nos deixaram um tesouro que a cada época tentam nos roubar, e por mais forte que estejamos nos amarram em nossa própria casa.
Nosso filósofo dizia que "estamos em uma época em que todos se orgulham de ser “homens do seu tempo”, alguém muito maior do que o século."
Como se pode medir um homem por outro homem?
Continua nosso filósofo: "nas três dimensões, a inteligência, a coragem, o amor ao próximo."
Mas maior ainda naquela dimensão que só Deus pode medir: na fidelidade ao sentido da existência, à missão do ser humano sobre a Terra... a manifestação concreta do amor - o amor pelo qual um homem se liberta da sua prisão externa e interna, indo em direção àquilo que o torna maior que ele mesmo."
Mais triste do que o desencanto juvenil do emérito são as reações infantis de sanguessugas, externamente católicos, que reagem com o mesmo espírito malígno que alimentava a platéia do coliseu de Roma.
Nosso filósofo nos dá a pista para o início da investigação:
"mal do mundo não vem só de baixo, das causas econômicas, políticas e militares que a aliança acadêmica do pedantismo com o simplismo consagrou como explicações de tudo. Vem de cima, vem do espírito humano que aceita ou rejeita o sentido da vida e assim determina, às vezes com trágica inconseqüencia, o destino das gerações futuras."