Como visto na aula anterior, Marx já havia identificado um problema cultural na alienação do proletariado, ao dizer que a religião é o ópio do povo. Isso foi analisado de forma mais sistemática por Antonio Gramsci, que vivenciou toda a crise teórica do comunismo após a I Guerra. Esta crise do marxismo gerou 2 filhos: o fascismo e o marxismo cultural, cada um deles com uma proposta bastante clara para alcançar seus objetivos de dominação.
O fascismo, que também é um filho bastardo do comunismo, foi o caminho encontrado por Mussolini e Hitler para implantar a revolução em suas nações. Ambos queriam a mesma coisa que Lênin e Stálin, ou seja: uma sociedade sem mercado livre, “justa”, com “igualdade” e um Estado forte, obtido através de uma ditadura totalitária. Achavam que a ideologia de classe não era um chamariz atraente o bastante para fomentar a revolução marxista. Hitler e Mussolini perceberam, na I Guerra, um sentimento patriótico que levou o povo a lutar, a defender os “interesses burgueses” e criaram o fascismo. Enquanto o marketing de Stálin falava do proletariado, do trabalhador, da lógica de classes, Hitler e Mussolini falavam dos sentimentos nacionais, de raça,...