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Liturgia Diária

Acompanhe a leitura do dia e também a Homilia do Padre Paulo Ricardo.
5ª feira da 1ª Semana do Advento

Hoje – 04 de Dezembro de 2025

Primeira Leitura
Leitura do Livro do Profeta IsaíasIs 26, 1-6

1Naquele dia, cantarão este canto em Judá: “Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. 2Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, 3firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. 4Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna. 5Ele derrubou os que habitam no alto, há de humilhar a cidade orgulhosa, deitando-a por terra, até fazê-la beijar o chão. 6Hão de pisá-la os pés, os pés dos pobres, as passadas dos humildes”.

Salmo Responsorial
Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor!Sl 117(118)

Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! *
"Eterna é a sua misericórdia!"
8 É melhor buscar refúgio no Senhor, *
do que pôr no ser humano a esperança;
9 é melhor buscar refúgio no Senhor, *
do que contar com os poderosos deste mundo!" R. 

19 Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; *
quero entrar para dar graças ao Senhor!
20 "Sim, esta é a porta do Senhor, *
por ela só os justos entrarão!"
21 Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes *
e vos tornastes para mim o Salvador! R. 

25 Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, *
ó Senhor, dai-nos também prosperidade!"
26 Bendito seja, em nome do Senhor, *
aquele que em seus átrios vai entrando!
Desta casa do Senhor vos bendizemos. *
27a Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! R.

Evangelho
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo MateusMt 7, 21. 24-27

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

Meditação
A união indestrutível entre a fé e o amor

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 7, 21.24-27)

Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!”

Hoje, chegamos finalmente às palavras conclusivas do Sermão da Montanha. Jesus iniciou-o com as bem-aventuranças, ensinou a rezar o Pai-Nosso e tantas outras lições importantes, e agora Ele diz: “Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha” (Mt 7, 24). Vemos aqui essa ideia do rochedo, da casa forte, da “cidade fortificada”, mencionada pelo Profeta Isaías na Primeira Leitura.

Mas como podemos ter uma vida espiritual fortificada, inexpugnável? Se tivermos uma fé que esteja profundamente unida com a caridade e o amor. Um bispo antigo, Santo Inácio de Antioquia, escreveu sete cartas antes de ser martirizado, e em uma delas ele usa uma expressão interessante da união entre a fé e o amor: “A fé é o princípio e o amor é o fim; e ambos, unidos, são de Deus”. Ou seja, essas duas realidades estão tão unidas que não se pode destruir essa unidade. 

Quando acolhemos a Palavra de Deus, nossa fé ainda é frágil. Porém, se meditamos nela e a deixamos crescer dentro de nós, como uma mãe que gera seu filho durante nove meses, ela amadurece e finalmente produz frutos nas obras de caridade que realizamos. Contudo, se a nossa vida não muda mesmo depois de a termos escutado, isso significa que a nossa fé é como a semente que foi lançada no solo e não chegou a brotar.

Ao ouvirmos atentamente uma pregação, lermos a vida de um santo ou contemplarmos um dogma de fé — qualquer realidade da Palavra de Deus —, começamos a perceber ali uma Verdade que brilha e nos fascina. E essa Verdade aquece nosso coração até que, por fim, nós nos apaixonamos por ela, que é o próprio Jesus.

Esse amor, então, torna a nossa fé arraigada e sólida e, depois, manifesta-se nas obras do dia a dia, amando Nosso Senhor nas pessoas que estão ao nosso redor. E há uma mudança de vida tão grande que somos capazes de entregar toda a nossa vida para Aquele que nos amou infinitamente.

Portanto, peçamos a Deus a graça de uma fé indestrutível, plenamente unida à caridade, para que amemos de volta a Verdade e construamos nossa casa sobre a rocha — nossa fortaleza e salvação.