Dentro do pensamento marxista, mais especificamente do pensamento marxiano [1], a religião e a teologia fazem parte de uma superestrutura, de algo que não faz parte da infraestrutura que move a história, ou seja, a economia [2]. O pensamento revolucionário posterior a Marx, porém, começou a perceber a importância da cultura, da superestrutura [3]. Marx considerava a religião como ópio do povo. Na Rússia, o stalinismo-leninismo tentou abolir a religião; mas Gramsci e a escola de Frankfurt descobriram que a cultura é, de alguma forma, religião exteriorizada. Todos parecem ter uma visão religiosa do mundo, e a cultura seria a exteriorização dessa visão de mundo.
Feuerbach afirmava que toda a teologia é uma antropologia, pois dizia que tudo o que se afirma a respeito de Deus, isto é, todas as afirmações religiosas podem ser reduzidas a afirmações antropológicas. A religião parece, desta forma, uma projeção da humanidade na divindade. Feuerbach entende que a teologia é uma antropologia alienada. A Teologia da Libertação se esforça por seguir essa cartilha, pois é a imanentização [4] da religião cristã e de qualquer outra religião [5]. Tudo aquilo que se refere a Deus é...