O breve texto a seguir não é de autoria do Padre Paulo Ricardo; foi escrito pelo Monsenhor Stephen Rossetti, que exerce a função de exorcista na Arquidiocese de Washington, capital dos Estados Unidos. A tradução para a língua portuguesa é de nossa equipe.
Depois de vários anos praticando espiritualidades Nova Era e diversas formas de ioga, Sabrina [N.T.: nome fictício] sofre hoje com muitas opressões e obsessões demoníacas. Sua mente e afetos estão obscurecidos e confusos. Temos rezado por ela durante alguns meses, e aos poucos ela tem melhorado. Recentemente, sofreu ataques demoníacos na região do estômago. Sugeri-lhe que bebesse um pouco de água benta. Depois de fazê-lo, compartilhou com alegria sua experiência:
Como sentia que estava sendo atacada por demônios na região do estômago, bebi três ou quatro goles de água benta. O efeito foi quase imediato. Fui inundada em luz muito radiante e forte que vinha do alto. A luz afastou toda a escuridão e, por um instante, pude sentir isso fisicamente. Então, percebi que minha mente estava desobstruída e subitamente pude sentir que era eu mesma outra vez. Percebi que havia esquecido o que era aquela sensação.
A névoa em minha mente desapareceu. Abriu-se para mim uma nova perspectiva. Parecia que meu cérebro estava funcionando normalmente outra vez. Tudo era luz, e não seria exagero dizer que tudo estava “mergulhado em luz”. Uma maravilhosa sensação de paz e lucidez tomou conta do meu lar. Fiquei muito grata e impressionada ao constatar que apenas um gole de água benta poderia ter todo aquele poder.
A maioria das pessoas não tem uma experiência tão profunda assim quando usa água benta, mas a reflexão de Sabrina é um bom lembrete da importância dos sacramentais, particularmente da água benta. Recordo muitas vezes uma passagem semelhante da autobiografia de Santa Teresa de Ávila:
A partir de muitos fatos, obtive a experiência de que não há coisa de que os demônios fujam mais, para não voltar, do que da água benta. [...] Minha alma sente particular e manifesta consolação quando a tomo. É certo que tenho quase sempre um alívio que eu não saberia explicar, uma espécie de deleite interior que me conforta toda a alma. Não se trata de ilusão nem de coisa que só aconteceu uma vez, mas sim de algo frequente que tenho observado com cuidado (Livro da Vida XXXI 4).
Esses relatos podem parecer exagerados, mas é bom lembrar algumas coisas importantes sobre a água benta. A água é essencial para a vida e a estimula. Não há água no inferno. A água é parte essencial do Batismo, e a água benta deve nos lembrar desse sacramento fundamental. A água benta é um sacramental e seu poder vem da autoridade e do poder que Cristo deu à Igreja.
Não deveríamos todos ter água benta facilmente à disposição, para usá-la com frequência? Sem dúvida ela espanta os demônios e revigora a alma.
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