Algumas das piores feministas são homens. A feminista clássica é, obviamente, uma mulher. Ela surgiu como um espetáculo público um século atrás e se tornou uma espécie de instituição em nossa época — tudo graças à propaganda financiada pelo Estado em nossas escolas públicas e à história por imagens aceita como "educação". Ela é retratada como uma criatura oprimida a libertar-se de uma prisão social mantida por homens. Trata-se de uma imagem relativamente bem estabelecida na mente americana. A demanda por igualdade dá um ar de nobreza à causa. Ela soa como um grito por justiça. Mas buscar a igualdade com os homens era, como apontava G. K. Chesterton, um rebaixamento para as mulheres. Foi provavelmente por isso que apenas uma minoria delas abraçou o feminismo. Elas tiveram culpa direta, como dizia Chesterton, pela "imitação entediante, elaborada e elefântica do sexo masculino" — uma descrição notavelmente desprovida de bons adjetivos.
Chesterton explicava que a principal fraqueza das feministas era acreditar em todas as alegações idiotas, feitas pelos homens, sobre a importância da política. A maior parte das mulheres era esperta o suficiente para deixar que seus maridos saíssem para discutir em bares e clubes, já que isso adiantava muito pouco e geralmente não interferia no verdadeiro negócio da vida, o drama do lar e da família. Os homens alegavam que a política era importante; as mulheres sabiam melhor. Elas sabiam o que era realmente importante: formar as mentes e as almas de seus filhos no cenário ideal e independente do lar. Mas havia algumas poucas mulheres — geralmente aquelas cujo "privilégio de classe" já as tinha separado de seus filhos — que caíram no falatório masculino e se tornaram políticas. Chesterton advertiu que, se as mulheres se envolvessem na política, isso geraria o temível resultado de fazer a política parecer mais legítima do que ela realmente era. Isso daria razão para o governo crescer em seu alcance e influência e eventualmente impor-se em todos os aspectos de nossas vidas. O resultado seria o enfraquecimento da autoridade da família e o fortalecimento da autoridade do Estado. A história mostra que os alertas de Chesterton foram justificados.
Alguns podem considerar as mulheres terem conseguido o direito de votar como o triunfo do feminismo. Mas, como as feministas constituíam uma minoria, o voto, na verdade, não lhes deu tanta voz assim. O verdadeiro triunfo do feminismo foi a legalização do aborto. O argumento de que as mulheres têm o direito de matar seus próprios bebês não é baseado em nenhuma precedente legal conhecido, em nenhum entendimento tradicional de direitos humanos, nem em nenhum ensinamento moral clássico ou civilizado. Esse argumento transformou violentamente a família desde dentro, tornando o próprio coração da família o seu inimigo letal. Mas a falácia feminista venceu… porque alguns homens caíram nela.
E ainda há homens a cair na mesma história. Apesar de toda a evidência de que o feminismo fracassou — os lares destruídos, a geração da creche, a melancolia das mães que trabalham fora, as consequências do sexo promíscuo e sem amor e, acima de tudo, os profundos sentimentos de culpa decorrentes do aborto —, a chama do feminismo ainda está acesa. Mas não são as mulheres que a têm mantido acesa. São os homens. São os homens fracassando em seu papel de homens. O homem feminista tem sido uma das piores influências na sociedade moderna. Ele representa a perda do cavalheirismo, a perda da masculinidade, a perda da paternidade, a perda da autoridade.
Ainda que o aborto seja um triunfo para o feminismo, não se trata de um triunfo para as mulheres. Ele tem tornado os homens menos responsáveis por seus atos e mais desrespeitosos para com as mulheres. São homens que arrastam, ou pressionam, ou abandonam mulheres a clínicas de aborto. São homens que financiam o aborto. São homens que se beneficiam do aborto. E, enquanto isso, são mulheres que continuam a ser degradadas e descartadas graças ao aborto. Talvez a mais contundente ironia de todas: normalmente são as mulheres que serão abortadas.
Chesterton chamava o feminismo de ódio por tudo o que é feminino. A coisa mais feminina de todas é a maternidade, e o ódio da maternidade é representado pelo aborto: o horrível assassinato do próprio bebê em um ato que é defendido como direito.
A perda dos papéis distintivos dos sexos — que Chesterton chama de "a distinção de dignidades entre homens e mulheres" — tem gerado graves consequências para a nossa sociedade. O problema com os sexos hoje, ele diz, "é que cada sexo está tentando ser ambos os sexos ao mesmo tempo". O feminismo, que surgiu com mulheres tentando ser mais como os homens, apenas conseguiu tornar os homens menos homens. E as mulheres estão deixando que eles se safem disso.
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