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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 9, 32-38)

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.

Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade. Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”

Celebramos hoje com grande alegria a memória de S. Paulina do Coração Agonizante de Jesus, que, se é não é brasileira de origem, é no entanto uma santa de que nos podemos honrar como fruto da nossa terra. Porque os santos, lembra-nos o Apóstolo S. João, não nascem da carne, mas de Deus: “Não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus” (Jo 1, 13). E não há dúvida de que foi no Brasil que o Senhor quis, pela ação da sua graça, configurar ao seu o coração de Paulina, para assim manifestar a glória de seu poder e bondade, Ele, que faz brotar o lírio no meio do charco e os santos nos lugares mais inóspitos e insalubres. Filha de pais pobres, Paulina veio da Itália passando fome para, aqui no Brasil, se compadecer de outros que sofriam como ela, e foi graças à miséria do nosso país que Jesus lhe foi movendo as entranhas de misericórdia para que, no futuro, ela enfim enxergasse que, muito mais do que pão, era de conversão que o nosso povo precisava. Assim, transferida da pobreza de Santa Catarina para a rudeza de São Paulo, Paulina soube santificar-se em meio ao ambiente tosco e bem pouco espiritual de uma cidade grande, vivendo fielmente o silêncio, a obediência, a oração diária, configurando, numa palavra, o seu coração ao Coração agonizante de Jesus, a este Coração que tanto lutou e sofreu a fim de gerar para o céu as almas dos seus redimidos. Que, pelos méritos e preces de S. Paulina, a quem podemos com todo direito chamar de santa brasileira, por ter-se santificado nos mesmos lugares em que Deus quer nos santifiquemos, conceda-nos o Senhor altíssimo a graça de um coração batalhador, que não descansa da luta diária por crescer no amor e frutificar no apostolado.

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