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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 2,16-21)

Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

Celebrar a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é celebrar o primeiro e mais fundamental dos títulos de Nossa Senhora, do qual decorrem como consequência lógica todos os demais privilégios.

Por sua divina maternidade, lembra-nos o Doutor Angélico (STh I 25, 6 ad 4), a Virgem Santísima foi elevada a uma dignidade quase infinita, já que infinitamente digna é a pessoa a quem ela deu à luz: o próprio Verbo de Deus, gerado pelo Pai desde toda a eternidade segundo a substância divina, nascido no tempo por obra do Espírito Santo segundo a condição humana.

E é justamente por ser Mãe do Filho encarnado que Maria é também nossa Mãe, e isto não apenas por ter sido entregue à humanidade inteira, cujas vezes fazia São João aos pés da Cruz [1], mas ainda, e sobretudo, porque todo cristão, sendo por graça o que Cristo é por natureza, torna-se mediante o Batismo membro místico do Cristo total, que é a Igreja unida à sua divina Cabeça. Seria, com efeito, uma monstruosidade que uma mulher fosse mãe da cabeça mas não dos membros. De fato, assim como não se pode separar a primeira dos segundos sem com isso destruir a pessoa que deles se compõe, assim também, na ordem espiritual, também nós somos parte do Cristo-cabeça, nem podemos separar-nos dele sem com isso deixar de ser cristãos. Daí termos tanto direito de chamar a Maria nossa Mãe na ordem da graça quanto Cristo tem o de chamá-la sua na ordem física ou natural [2].

No dogma glorioso da maternidade divina, em resumo, está contido o mistério da nossa própria incorporação a Cristo e, portanto, da nossa filiação com respeito à Virgem Imaculada, Mãe dos homens e Mãe da Igreja. Por isso, coloquemo-nos hoje sob o seu cuidado maternal e demos graças a Deus por haver-nos concedido, com o seu glorioso e humilde Natal, o dom de ser filhos de uma tão bela e puríssima Mãe.

Notas

  1. A Tradição sempre considerou João, em Jo 19,25ss, figura do gênero humano, ao qual Maria foi dada ou do qual foi solenemente declarada Mãe. Assim, e.g., Leão XIII: “Na pessoa de João, como desde sempre o sentiu a Igreja, designou Cristo a do gênero humano, sobretudo a dos que pela fé lhe estariam unidos” (Encíclica “Adiutricem populi Christiani”, 5 set. 1895; cf. “Quamquam pluries”, 25 ago. 1889; “Octobri mense”, 22 set. 1981; “Iucunda semper”, 8 set. 1984). Também Pio XI: “Maria, santíssima rainha dos Apóstolos, tendo no Calvário encomendados ao seu seio maternal todos os homens” etc. (Encíclica “Rerum Ecclesiæ”, 28 fev. 1926: AAS 18 [1926] 83). No IV Evangelho, de resto, não faltam razões que tornam essa interpretação no mínimo provável: (i) a majestade sobrenatural da cena, na qual Cristo é apresentado não já como filho de Maria, mas como Pontífice do NT, a oferecer a Deus o sacrifício supremo; (ii) o sentido profundo das outras palavras ditas então pelo Crucificado, referentes aos vaticínios do AT; (iii) o costume observado por Jesus desde a infância de mostrar-se independente, na obra messiânica, de quaisquer vínculos naturais, inclusive dos que o ligam à santíssima Deípara (cf. Lc 2,49; 11,28; Jo 2,4; Mt 12,46-50).—Ver H. Simón–G. G. Dorado, Prælectiones Biblicæ. Novum Testamentum I (Turim 19446) 979s 983ss, §§741s 744s.
  2. Cf. A. R. Marín, Jesucristo y la vida cristiana (Madri 1961) 452, §442.

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