Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 3, 7-12)
Naquele tempo, Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse.
Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
A Igreja festeja neste dia a memória de um de seus maiores Doutores, S. Francisco de Sales, enviado ao mundo pela divina Providência para trazer de volta à unidade da fé e à verdade de Cristo os hereges calvinistas de Genebra. Para levar a cabo essa obra desafiadora de evangelização, S. Francisco de Sales soube utilizar-se dos recursos oferecidos em sua época, sobretudo da imprensa, como meio de divulgar o mais possível livros de apologética e espiritualidade. Mas, como toda alma santa, a principal arma de Francisco não eram os recursos do engenho humano, mas a oração, e foi por isso que, com a ajuda de S. Joana Francisca de Chantal, ele fundou em 1610 a Ordem das Visitandinas, cuja vida de clausura e contemplação tem mais força para propagar na terra o Reino de Deus do que panfletagens e discursos acalorados. S. Francisco de Sales, com efeito, sabia muito bem que não há meio de fazer a Igreja triunfar dos seus inimigos senão pela oração e o sacrifício de cada fiel: sem isso, não existe apostolado que seja digno de ser chamado católico, porque quem se entrega afanosamente à ação sem dedicar tempo à contemplação se assemelha mais aos filhos do príncipe deste mundo do que aos filhos do Pai eterno. Numa época em que a heresia protestante fazia descrer da santidade, S. Francisco pôs mãos à obra para que todos os fiéis, inclusive o leigo mais simples, fossem conscientes de sua vocação à perfeição no amor e lutassem, não sem o auxílio da graça, por assemelhar-se a Cristo, modelo de todas as virtudes. Sob o patrocínio luminoso de S. Francisco de Sales, sigamos o exemplo dele e dos que se santificaram graças à sua doutrina, entregando-se inteiramente a Deus como oblação de amor e obediência, assim como Cristo se entregou ao Pai para edificar o seu Corpo místico, que é a Igreja e cujos membros somos nós. — S. Francisco de Sales, rogai por nós!
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