Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 3, 20-21)
Naquele tempo, Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.
Os dois pequenos versículos de que se compõe o Evangelho de hoje apresentam-nos três situações distintas e bem contrastantes: de um lado, Jesus agracia seus discípulos estando em casa com eles num trato pessoal e amigável; de outro, as multidões que o seguem continuam a avolumar-se tanto que não lhes sobra nem tempo de comer; por fim, os parentes de Cristo, sabendo que Ele enfim voltara para casa, decidem agarrá-lo sob o pretexto de que “estava fora de si”. O Evangelho deste sábado coloca-nos, assim, diante de um impasse a que todos nós, de um modo ou de outro, somos instados a responder. Pois bem, sabemos pelo testemunho inequívoco das Escrituras que Jesus afirmou ser verdadeiramente o Filho de Deus, que existe muito antes de que Abraão fosse; e não só isso: em várias passagens o vemos perdoar os pecados e arrogar-se o direito de julgar a vivos e mortos no Fim dos Tempos. Diante de tamanhas declarações, só há três opções possíveis: ou Jesus é de fato o que dizia ser, e por isso temos de crer em sua palavra; ou é um mentiroso de quem não devemos fazer o menor caso; ou não passa de um louco afetado de algum “complexo messiânico”. Ora, se Jesus não é Deus, não lhe devemos respeito algum; no entanto, é impossível que Ele seja louco ou mentiroso, já que a sua grandeza moral, o seu perfeito equilíbrio e bom senso, a lucidez e a profundidade de sua doutrina constam com não menor clareza das Sagradas Escrituras. De maneira que a única resposta sensata e razoável que podemos dar a Cristo é a fé em sua divindade. Façamos hoje a escolha correta e associemo-nos aos que, há dois mil anos, vêm-se reunindo em torno de Cristo e tendo a alegria de estar com Ele em casa, nas moradas que o Pai nos preparou.
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