Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5, 33-37)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o suporte onde apóia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.
Celebramos hoje, no ano em que também comemoramos o 800.º de sua “conversão” ao franciscanismo, a memória de S. Antônio de Lisboa, por seu lugar de nascimento (em 1195); de Pádua, por seu lugar de falecimento (em 1231); e do céu, por seu lugar de eterno descanso e glória. S. Antônio, cuja língua permanece incorrupta até hoje, foi um estrênuo pregador do Evangelho. De fato, os seus conhecimentos da S. Escritura eram tão profundos e encontravam-se tão arraigados em seu coração, que ele chegou a memorizar a Bíblia inteira, razão por que era conhecido popularmente como “Arca da Aliança”. Mas, apesar de seus grandes e notórios talentos, S. Antônio sempre exerceu o ministério da pregação com humildade, com aquele coração simples e desprendido que é a marca característica da Ordem dos Frades Menores, à qual se transferiu após ser ordenado padre entre os Cônegos Regulares de S. Agostinho. Seus sermões, repletos de doutrina e unção espiritual, eram o resultado de um espírito não só aplicado e estudioso, mas, acima de tudo, humilde e discreto, sempre consciente de que só pode ser eficaz a pregação por palavras se o pregador der antes o exemplo de sua vida, de sua própria conversão interior. Roguemos pois a S. Antônio de Lisboa e peçamos-lhe que, por sua intercessão, alcance aos que foram investidos do dever de anunciar o Evangelho a graça de pregarem não só de boca, mas também, e sobretudo, com as boas obras de uma vida limpa, casta e penitente. — S. Antônio de Lisboa, rogai por nós!
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