Como se explica o fato de a família ter se tornado a instituição mais perseguida em nossa época? A ideologia de gênero decidiu fazer da família um viveiro de ódios, convertendo as relações entre os sexos — fundadas na complementaridade e no amor — em relações conflituosas de rivalidade e domínio.
Para facilitar esta tarefa, favoreceu a redefinição do conceito de família, que se estende a diferentes formas de união, por frágeis ou inconsistentes que sejam, fundadas em contratos (não mais em compromissos) rescindíveis, como convém a uma nova utopia que prega a conquista da felicidade por meio da exaltação do desejo pessoal.
Tampouco podemos esquecer algo que está relacionado a esse esforço de perseguição à família: a inversão das hierarquias humanas provocada pela priorização do trabalho como forma de “realização pessoal”.
Hoje se fala muito em conciliação entre vida laboral e familiar, mas para conciliar duas coisas de natureza distinta é necessário determinar primeiro uma hierarquia de preferências, estabelecendo o que é subalterno (por mais necessário que seja) e o que é primordial.
Uma vida que prioriza o trabalho em detrimento da família nada pode conciliar, porque quando se concede ao que é subalterno (por mais necessário que seja) a categoria de primordial, o que é primordial acaba se tornando subalterno. E não é possível construir nada de bom sobre essa subversão desnaturalizadora, como ocorre sempre que algo de natureza inferior é elevado a uma natureza superior.
Seria possível afirmar, sem medo de incorrer numa hipérbole, que os gastos e cuidados que um governo destina à preservação e à defesa da instituição familiar são inversamente proporcionais aos que engordam o montante difuso destinado aos “temas sociais”.
Uma proteção zelosa da família reduziria todas essas perdas do sistema educacional que tanto preocupam nossos políticos — ao menos da boca para fora — e que de modo tão cruel sofrem nossos professores. Se os rapazes chegam nas aulas com uma série de conflitos, isso se dá em boa medida porque cresceram em famílias desestruturadas, disfuncionais, enfraquecidas até a inanição, transformadas em campos de discórdia ou em locais desérticos.
E a proliferação de problemas psíquicos entre a população atual, não teria muito a ver com a anulação desse cálido abrigo que a família é para nós perante as intempéries da vida? Por que ninguém se atreve a formular com clareza o vínculo existente entre muitas das recentes patologias sociais e a sistemática demolição da família?
Os perseguidores dessa milenar e grandiosa criação [i] costumam chamá-la de repressiva, tirânica e castradora, confundindo a família com suas versões deformadas, o que equivale a confundir a água com venenos que a contaminam; e, amparando-se nessa subversão das categorias, conseguiram caracterizar aqueles que a defendem como amantes das cadeias.
É claro que amamos as cadeias! Amamos as cadeias vivas que preservam os laços de afeto, amamos as cadeias humanas que unem as gerações, amamos as cadeias de almas que garantem a transmissão de um legado espiritual.
E amamos essas cadeias — que é como amar a vida — porque entendemos que a ruptura delas nos transforma em massa de manobra da engenharia social, em átomos perdidos que não são mais guiados pelos compromissos, mas pela exaltação dos interesses e dos desejos pessoais, e cuja consciência do isolamento e do abandono termina nos transformando em escravos alienados nas mãos do Leviatã.
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Excelente!!!😍👏🏽👏🏽👏🏽 Senhor Deus protegei as nossas famílias. 🙏🏽
Conteúdo bastante necessário, Pe. Ricardo sempre certeiro 👏🏻💥
.uito bom!
Para os ricos e para os poderosos, a família e a Religião são instituições perigosíssimas! Pois reduzem os seus controles sobre os seres humano! Os poderosos, perdem poder. Os ricos perdem uma sociedade consumista e voltada para o trabalho e o prazer!!!!
A estrutura civilizacional de uma sociedade É A FAMÍLIA. A base transcendente de uma sociedade são os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Texto cirúrgico!
Há no momento incontáveis tentativas de destruição da família, e todos os problemas atuais são consequências disso.
Até ano passado, o Brasil estava contando com 11 milhões de mães solteiras. Pense, 11 milhões. São 11 milhões de crianças vivendo em uma família desestruturada e crescendo sem uma figura paterna. Como alguém, em sã consciência, consegue olhar para esses dados e achar normal que milhões de mulheres não tenham a menor ideia sobre a identidade do pai de seus filhos? Claro, em uma sociedade que dispensa e relativiza toda e qualquer obrigação moral, obviamente que teremos uma enxurrada de "homens" irresponsáveis se eximindo de suas obrigações. Que exemplo de paternidade essas crianças terão? Não é preciso raciocinar muito para prever que uma mãe solteira terá de trabalhar arduamente para sustentar seus filhos e, consequentemente, não terá tempo suficiente para dar a devida formação para seus filhos, deixando essa tarefa primordial às convicções ideológicas dos professores ou influencers do YouTube.
Isso sem contar o divórcio, que se tornou banal nos dias de hoje. O resultado é o que estamos vivendo: uma horda de adolescentes carentes de afirmação e atormentados por uma crise de identidade, buscando de todas as formas se encaixar em qualquer grupo que supra a sua necessidade latente de referenciais. Tudo isso causado pela ausência de uma família bem estruturada.
Lógico que esses problemas serão acobertados e ignorados, pois é conveniente para qualquer oportunista ambicioso que se tenha cada vez mais pessoas influenciáveis, pois são facilmente manipuladas por qualquer agenda. No fim, temos uma geração inteira sendo criada para serem escravos...