Há algo de surpreendente acontecendo no mundo islâmico. De acordo com estimativas da rede Al Jazeera, um canal árabe de TV por satélite com afiliadas em todo o mundo, milhões de muçulmanos estariam se convertendo ao cristianismo.

Para explicar este curioso fenômeno, o site National Catholic Register entrevistou o Pe. Mitch Pacwa, especialista em Oriente Médio e apresentador da rede católica EWTN.

Pe. Mitch Pacwa.

Nós estamos presenciando em nossa época, pela primeira vez na história, conversões em massa de muçulmanos”, disse o Pe. Mitch Pacwa. “Deus está fazendo um trabalho portentoso no meio deles”. De acordo com o sacerdote, histórias de conversões ao cristianismo entre os muçulmanos começaram a aparecer por volta de 2005 na rede Al Jazeera: “Eles relatam conversões em massa na África Subsaariana —  algo em torno de 6 a 8 milhões — e têm repetido o aviso todos os anos”.

O mesmo fenômeno estaria se repetindo na Nigéria, em Uganda e no Mali. “Eu confirmei isso com africanos que conheço, os quais me disseram várias vezes sobre conversões nesses lugares”, relatou. O Pe. Pacwa acredita que este seja um dos motivos determinantes pelos quais grupos terroristas, como o “Boko Haram”, estejam se tornando tão ativos na região.

Ainda segundo o sacerdote, “os próprios atos de terrorismo têm levado as pessoas a ficarem mais enojadas com o Islã”. Para exemplificar, ele se lembrou de ouvir alguém dizendo em uma TV africana: “A Al-Qaeda ataca norte-americanos explodindo nossas embaixadas, mas somos nós, os africanos, que morremos nesses ataques”.

O Pe. Pacwa levanta a hipótese de que o Islã esteja no início de um colapso. Ele compara o aumento do terrorismo ao evento astronômico da “supernova”, quando as estrelas brilham mais forte antes de explodirem definitivamente.

E os exemplos recentes de punições por abandono do Islã são inúmeros. “Há não muito tempo eu li sobre um garoto que vivia como escravo e que acabou sendo crucificado, depois de fugir para rezar na Sexta-Feira Santa”, conta o sacerdote. “Também ouvi a respeito de duas criadas filipinas que foram flagradas com o Novo Testamento e decapitadas”.

Estrangeiros apanhados praticando o cristianismo em países islâmicos são geralmente expulsos, mas com os nativos, que nasceram e vivem ali, tudo é muito diferente. “Sexta-feira, após as orações do meio dia, é quando se cortam as mãos e as cabeças dos ladrões, das adúlteras — apenas mulheres — e de pessoas que cometeram blasfêmia, o que inclui a conversão ao cristianismo”, explica o Pe. Pacwa.

Não obstantes os riscos, o sacerdote explica que conversões em massa estão acontecendo mesmo em países muito fundamentalistas. Haveria um crescimento rápido no número de conversões principalmente nas fronteiras do mundo islâmico, nas porções sul e oeste da África. “A África está se tornando predominantemente cristã apesar das repressões”, disse o Pe. Pacwa.

Entre as nações importantes mencionadas pelo sacerdote constam o Irã, com uma população de 3 milhões de cristãos, e a Indonésia, onde as conversões ao cristianismo chegam ao impressionante número de 2 milhões… por ano!

“Na Mongólia, o presidente abriu as portas do país para os cristãos e há até um arcebispo”, disse o Pe. Pacwa, explicando como o desejo por uma educação ocidental foi o ímpeto que abriu o país para a Igreja Católica. A Mongólia agora tem em torno de mil católicos e três igrejas. “A região passou de terra de missão em 1991 para sede apostólica em 2003”, explica o sacerdote. “Isso significa que eles têm um bispo, embora ainda não sejam formalmente uma diocese.” Recentemente, o país teve seu primeiro nativo ordenado padre.

Há conversões acontecendo até mesmo em muitos países estritamente muçulmanos — de cujos registros o Pe. Pacwa não quis falar em detalhes para evitar represálias. Conversões em massa vêm acontecendo também entre refugiados, que estão enchendo as igrejas cristãs, deixadas vazias pelos europeus. Muitos se perguntam se essas conversões são autênticas ou apenas uma tática para melhorar suas chances no continente, mas o tempo é quem dirá.

Sinais dessas conversões estão aparecendo também deste lado do Atlântico, disse o Pe. Pacwa. “Eu estava para celebrar Missa em uma igreja maronita em San Diego, na Califórnia, e cumprimentei um homem que se apresentou como Achmad”, ele conta. “Perguntei-lhe se era cristão e ele disse: ‘Sim, fui batizado recentemente’. Ele disse que era do Marrocos. Cristãos não costumam ter este nome: Ahmad. Trata-se de uma forma abreviada de Mohammad”.

Como ocorrem tantas conversões em países opressivos onde o proselitismo de outras religiões pode acarretar uma sentença de morte? “Um grande número de muçulmanos está recebendo visões de Jesus e da Bem-aventurada Virgem Maria, que os têm levado à conversão”, disse o Pe. Pacwa. “Muitas dessas histórias podem ser vistas na internet”.

Outra grande fonte de conversões é o Pe. Zakaria Botros, um sacerdote ortodoxo copta, exilado do Egito e conhecido como o homem mais procurado no mundo islâmico. Ele apresenta um programa de TV toda sexta-feira, que é transmitido para 60 milhões de pessoas no Médio Oriente. Há também muitos vídeos dele na internet proclamando sem medo a verdade da religião cristã e a falsidade do islamismo.

Os muçulmanos têm uma recompensa para quem o matar: 60 milhões de dólares. Em suas aparições públicas, no entanto, o corajoso sacerdote garante que sua cabeça vale muito mais do que isso: “Meu preço é o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Graças a testemunhos assim, a tendência é que o número de cristãos vindos do islamismo só aumente cada vez mais. As repressões das autoridades muçulmanas são um empecilho para essa mudança, sem dúvida, mas mesmo o sangue dos mártires, como já dizia Tertuliano, é semente de novos cristãos.

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