Assassino infame, necrófilo e predador sexual, a biografia de Ted Bundy, um dos piores assassinos em série da história, ainda hoje atrai o interesse de psicólogos, que especulam o que teria levado aquele jovem e promissor estudante de Direito a cometer crimes tão terríveis.

Ted admitiu ter matado 30 jovens mulheres (inclusive meninas) na década de 1970, mas foi certamente responsável por muitos outros homicídios. Com seu aspecto charmoso e gentil, ele seduzia as vítimas e atacava-as brutalmente. Muitas delas eram universitárias jovens e atraentes da costa noroeste dos Estados Unidos.

Mas o que exatamente levava Ted Bundy a cometer esses atos hediondos? De acordo com o próprio serial killer, um grande fator que o motivou foi a pornografia violenta.

Embora o testemunho de um psicopata e assassino em série seja claramente suspeito, seu relato se assemelha ao de outros numerosos exemplos de criminosos violentos envolvidos com pornografia.

Um dia antes de ser morto na cadeira elétrica em 1989, Ted Bundy recebeu centenas de pedidos de entrevista dos meios de comunicação. Ele rejeitou todos e só concedeu sua entrevista final ao Dr. James Dobson, fundador da organização Focus on the Family, a quem ele acreditava ter algo importante a dizer.

Nesta entrevista exclusiva (que pode ser vista, com legendas em português, aqui), Ted apresentou a pornografia como uma explicação possível para seu comportamento. “Eu era essencialmente uma pessoa normal, tinha bons amigos e levava uma vida comum, exceto por este pequeno, mas muito potente e destrutivo detalhe, que eu mantinha em absoluto segredo e não compartilhava com ninguém”, disse.

Ted Bundy diz que primeiro descobriu “pornografia leve” em mercearias, e foi compelido a consumir mais, em formas cada vez mais violentas. “Como um vício, você fica desejando uma coisa mais forte, que lhe dê uma excitação maior, até que chega um ponto em que a pornografia vai longe demais”.

Ted Bundy.

O material foi, segundo ele, um “elo indispensável na cadeia de comportamentos” que o levou aos ataques e assassinatos. Era também um fator comum a outros infratores violentos que ele encontrou durante sua estadia na prisão. “Vivi na prisão por muito tempo e conheci muitos homens motivados a cometer violência assim como eu e, sem exceção, todos eles eram profundamente envolvidos com pornografia. Sem dúvida, sem exceção, profundamente influenciados e consumidos pelo vício em pornografia”, acrescentou.

Questionado sobre seu veredito, ele declarou: “Eu acho que a sociedade merece ser protegida de mim e de pessoas como eu. Disso eu tenho certeza.”

Contudo, ele disse, “pessoas bem-intencionadas condenarão a conduta de um Ted Bundy ao mesmo tempo que elas passam por uma banca de revistas repleta dessas mesmas coisas que põem as crianças no caminho de se tornarem Ted Bundys. Essa é a ironia”.

Ainda que seja uma relação de causalidade difícil de comprovar, muitos delinquentes violentos têm uma forte ligação com a pornografia, inclusive assassinos famosos.

Brian Mitchell, que sequestrou e manteve cativa a jovem Elizabeth Smart, de 14 anos, em 2002, também era viciado em pornografia. Em 2016, depois de sua libertação, Elizabeth falou ao grupo Fight the New Drug sobre o impacto que a pornografia havia deixado em seu algoz.

Assistir a pornografia não era o bastante para ele. Ter sexo com a própria esposa, depois de ter visto pornografia, não era o suficiente para ele”, ela conta. “E então isso o levou a finalmente sair e me sequestrar. Ele sempre só queria mais.”

Ela se lembra de quando, uma vez, Brian “estava realmente excitado e como que empolgado com algo”. Seu entusiasmo era com um vídeo de pornografia pesada, que ele forçou a menina a assistir e a reencenar com ele. “Eu me lembro que ele se sentava e ficava assistindo àquilo”, conta Elizabeth. “Ele só falava dessas mulheres e, então, quando estava satisfeito, ele se voltava para mim e dizia: ‘Agora nós vamos fazer isso’.”

“Isso só o levou a me estuprar ainda mais. Mais do que ele já fazia, e era muito.”

Não fosse a pornografia, Elizabeth diz não saber se Brian a teria raptado. “Tudo o que eu sei é que a pornografia tornou meu inferno nesta terra ainda pior.”

Estudos mostram uma correlação entre o consumo de pornografia e a comissão de crimes violentos. Uma análise de 1995 de 33 diferentes pesquisas mostra que assistir a pornografia faz aumentar comportamentos agressivos, desde ter fantasias violentas até chegar ao ponto de realmente cometer ataques do gênero. Um estudo conduzido pela Universidade de Nova Hampshire mostrou que estados norte-americanos com maior índice de leitores de revistas pornográficas também têm as maiores taxas de estupro.

Outros criminosos violentos que assistiam frequentemente a pornografia e se tornaram infratores incluem:

  • Mark Bridger, que sequestrou, violentou e matou April Jones, de 5 anos, e mantinha imagens explícitas de abuso sexual infantil em seu computador pessoal;
  • o serial killer britânico Stuart Hazell, que guardava imagens de pornografia infantil e de bestialismo, e que tirou fotos íntimas de uma vítima sua de apenas 12 anos (há evidências de que ele a estuprou antes de matá-la); e
  • Jeffrey Dahmer, outro assassino em série, que revelou durante uma entrevista que parte de sua rotina antes de procurar por sua próxima vítima incluía o ato de ver pornografia.

A pornografia virtual é um dos vícios que mais crescem no mundo, ao lado da cocaína e dos jogos de azar. Outrora confinada às páginas de uma Playboy clandestina, a pornografia agora pode estar nas mãos de qualquer um com um smartphone, e está mais prolífica e anônima do que nunca. Os sites de vídeos pornográficos estão entre os mais visitados do mundo. Com o acesso crescente, também tem aumentado a consciência dos vícios em pornografia, com várias celebridades vindo a público denunciá-la, numerosas autoridades públicas relacionando-a a uma verdadeira crise de saúde pública e grupos antipornografia se formando para ajudar os dependentes a se livrar dessa miséria.

Também aqui, em nosso site, dispomos de um conteúdo para ajudar as pessoas que sofrem com esse vício. Trata-se do curso O Mal da Pornografia e da Masturbação. Assista e comece hoje mesmo a trilhar o caminho da restauração!

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