No próximo dia 19 de março, Pe. Paulo Ricardo lança mais um curso exclusivo* em nosso site, com o título de “Catequese para Adultos”.

Alguém poderia questionar o porquê dessa iniciativa, se já existe em nosso site, ainda em andamento, um curso de Catecismo da Igreja Católica. A verdade é que, sem desprezar o conteúdo dessas aulas antigas, o formato em que elas foram gravadas infelizmente não é o mais didático. Além de elas serem longas, a robustez e o caráter “enciclopédico” do atual Catecismo acabam limitando o número de pessoas que gostaríamos de atingir.

Por isso, neste novo curso, a partir de vários bons catecismos — como o de São Pio X, o Catecismo Romano e também o “Catecismo Católico Popular”, do Pe. Spirago —, Pe. Paulo Ricardo procura traduzir, com concisão e simplicidade, a fé de dois mil anos da Igreja, bem como a sua doutrina moral, mística e sacramental.

Saboreie conosco um pequeno aperitivo do que serão nossas novas aulas de catequese, assistindo ao vídeo abaixo e conferindo um trecho da primeira aula de nosso curso!


No início de uma boa catequese, devemos perguntar-nos antes de tudo pelo motivo último de nossa existência. O que é, trocando em miúdos, que viemos fazer neste mundo? Qual o sentido e, portanto, a finalidade da nossa vida?

A resposta a esta inquietante dúvida, que vem atormentando o espírito humano desde as suas origens, a fé católica no-la dá sem rodeios e com uma validez universal. Nós viemos ao mundo para, através do amor, chegarmos um dia a unir-nos a Deus na felicidade eterna do céu. Fomos criados, noutras palavras, para ser felizes, e essa felicidade consiste em possuir, para sempre e sem medo de perdê-lo, o maior bem que há e pode haver: Deus mesmo.

O homem, com efeito, é uma tarefa por fazer, um projeto a completar-se. Não somos como os outros animais, que, apenas nascem, têm tudo aquilo de que precisam para ser o que são. De fato, não se tem notícia de nenhum cachorro que numa fresca manhã, cansado de roer osso, se tenha parado a pensar no propósito da vida, inquieto por saber se não haveria coisas maiores e mais nobres do que passar os dias deitado com a barriga virada para o sol. A uma vaca lhe basta, pois, o seu pasto, e ela não tem razão alguma para perturbar-se nem com o futuro nem com o que pensa o resto do rebanho.

O homem, porém, ainda que possua todo o necessário a uma vida cômoda e bem resolvida, nunca está satisfeito; parece-lhe sempre faltar algo, algo que lhe exige ação, que o faz mover-se em busca de outros bens além daqueles de que já desfruta. Palpita dentro de nós esse desejo de uma felicidade perfeita e adequada à nossa natureza humana, e é na medida em que nos aproximam dessa felicidade que esta ou aquela ação, esta ou aquela coisa podem considerar-se bens. A palavra bem, nesse sentido, refere-se a uma realidade objetiva, ou seja, àquilo que, sendo conveniente ao nosso modo humano de ser (o bem da vaca, com efeito, não é o bem do homem), contribui para a nossa plena realização como seres humanos.

Mas como o desejo de uma felicidade perfeita e infinita não pode ser satisfeito com bens imperfeitos e finitos, somente em Deus, nosso Sumo Bem, seremos verdadeiramente saciados. Uma vida repleta de prazeres e facilidades a que sucedesse a eternidade do inferno seria, é claro, um retumbante fracasso, seria uma vida malograda, em que ficamos, como bobos, à beira do caminho, esquecidos de que o ponto de chegada não está aqui — está no céu, na outra vida.

O motivo por que o homem está neste mundo, portanto, é para amar e servir a Deus e depois, na felicidade do céu, estar eternamente unido a Ele como ao Bem sumo e perfeitíssimo.

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