Reverendíssimo Padre Paulo Ricardo,

Nas últimas semanas acompanhamos com entusiasmo as aulas que o senhor deu sobre as aparições e a mensagem de Nossa Senhora de Fátima. Em uma delas, foi sublinhada uma frase que poderia passar despercebida a quem folheasse desatentamente as Memórias da Irmã Lúcia, mas que condensa, na verdade, a essência da mensagem de Fátima: as palavras do Anjo de Portugal, diz a vidente, gravaram-se no espírito dos três "como uma luz", que os fazia compreender "quem era Deus, como nos amava e queria ser amado".

"Nos amava e queria ser amado", o senhor repetiu. "Essa é a finalidade de tudo."

Hoje, nós queremos elevar a Deus o nosso coração agradecido, porque, 100 anos depois das aparições do Anjo de Portugal, a Virgem Santíssima nos enviou um mensageiro para ensinar isto que a Igreja repete desde a sua fundação pela boca de seus santos: que Deus nos ama e quer ser amado! Este, de fato, não é o centro só da mensagem de Fátima, mas de toda a boa nova da salvação. "Que maior razão houve da vinda do Senhor do que mostrar seu amor por nós?", pergunta Santo Agostinho, concluindo com uma frase que o senhor não se cansa de repetir em suas pregações: "Si amare pigebat, saltem reamare non pigeatSe nos custava amá-Lo, ao menos não nos custe retribuir-Lhe o amor" [1].

Neste dia em que o senhor faz mais um aniversário de ordenação sacerdotal, queremos agradecer-lhe por estar sempre apontando o essencial de nossa fé e por tornar acessível a todos nós, seus alunos e filhos espirituais, o tesouro de dois mil anos de Igreja.

Muito obrigado, padre, especialmente pelos últimos cursos que o senhor tem gravado, ensinando-nos a oração por meio da grande mestra da vida espiritual que é Santa Teresa de Ávila, e a , através do grande mestre da teologia católica que é Santo Tomás de Aquino, bem como pelas centenas de Homilias Diárias e Testemunhos de Fé, que nos colocam em contato diário com a humanidade santíssima do Verbo encarnado.

Além da gratidão, o desejo de toda a equipe e família Christo Nihil Praeponere é que o senhor seja santo e nos arraste consigo para o Céu.

Referências

  1. De Catechizandis Rudibus, IV, 7 (PL 40, 314).

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