Reverendíssimo Padre Paulo Ricardo,
Neste dia em que o senhor completa 22 anos de sacerdócio, queremos cantar a Deus ação de graças por sua vida e por seu ministério, que tanto bem tem feito às almas do Brasil e dos fiéis católicos de língua portuguesa. E como o Criador de todo o universo escolhe agir no mundo por meio de Suas humildes criaturas, queremos também agradecer o senhor por ter entregado – e estar sempre entregando – sua liberdade a serviço da glória de Deus, da edificação da Igreja e da salvação das almas.
Em suas últimas aulas, homilias e “respostas católicas", o senhor tem nos ensinado que a perfeição não consiste simplesmente em evitar pecados graves ou em cumprir friamente a lei de Deus; a motivação de todos os nossos atos, dos mais simples e corriqueiros aos maiores e mais heroicos, deve ser o amor. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos (...), mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas (...), ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria" [1].
Impossível não lembrar, à luz deste ensinamento de São Paulo, o exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus, que dizia ser o Amor a sua vocação. Em um dos vídeos que mais nos emocionaram, o senhor explicou em que consiste a infância espiritual desta grande doutora da Igreja [2]. E em um misto de sermão e oração, com lágrimas nos olhos e a voz embargada, o senhor rezava: “Meu Deus, eu não Vos compreendo, mas eu Vos amo".
Padre, quantas conversões aquelas lágrimas de amor não engendraram? Quantos corações aquelas palavras de zelo não incendiaram? Quantas almas aquela oração sincera não conquistou? E quantas tantas pessoas não voltaram ao redil de Cristo depois de entrarem em contato com o seu apostolado na Internet?
Por tudo isso, padre, e por todo o mais, queremos dizer: Muito obrigado.
Obrigado, padre, por abrir para nós os tesouros da fé católica, que tantos têm tentado ocultar, quando não lançar fora, nesses tempos de crise tão aguda na Igreja.
Obrigado, padre, por sempre submeter suas opiniões à Doutrina da Igreja e deixar-se modelar pelo ensinamento de dois mil anos de Cristo, que “é o mesmo ontem, hoje e sempre" [3], e “no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade" [4].
Obrigado, padre, porque, assim como São João Maria Vianney ensinou àquele rapaz que o mostrou o caminho de Ars os mistérios do Céu, o senhor está sempre a nos indicar o caminho da santidade, mostrando que não só não devemos contrariar o que Deus nos manda fazer, como devemos amar a Sua vontade.
O próprio Senhor disse que veio lançar fogo à terra: “Ignem veni mittere in terram" [5]. Rogamos à Virgem Santíssima, padre, para que, à imitação de Cristo, o senhor continue lançando fogo nos corações dos homens e lhes ensinando a nada antepor a Cristo.
São os votos sinceros de toda a família Christo Nihil Praeponere.
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