A repercussão negativa que o vídeo Meu corpo, minhas regras causou na opinião pública evidencia mais uma vez a enorme rejeição do povo brasileiro à legalização do aborto. As últimas pesquisas sobre o assunto apontam para um crescimento vertiginoso no número dos defensores da vida — o que tem se revelado a principal "pedra no sapato" das fundações internacionais, cujos projetos de controle populacional acabam sempre barrados.
É de conhecimento público a pressão que a ONU e outras instituições — Ford, Rockfeller, MacArthur etc. — fazem para legalizar o aborto em países subdesenvolvidos. Os motivos para essa insistente militância são diversos e levaria um tempo enorme explicá-los. Por ora, basta saber que, quase como em todo tipo de negócio, a legalização do aborto envolve luta pelo poder e muito… muito dinheiro. Veja, por exemplo, a lucrativa indústria fundada pela Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), com direito à venda de fetos abortados e outras monstruosidades.
No Brasil, sabe-se que a Fundação MacArthur investiu milhões, durante mais de trinta anos, para aprovar o aborto em nossa legislação. Tais esforços, porém, não surtiram o efeito esperado justamente porque a população, apesar de toda a atuação da mídia no sentido contrário, mantém-se ainda firme no respeito ao nascituro. Mudar essa realidade, de fato, requer mais que propaganda. O ser humano está naturalmente inclinado à preservação da própria espécie, assim como outros animais [1]. Nem os inúmeros vícios de que padece a sociedade brasileira são capazes de extinguir esse instinto tão forte de empatia e autopreservação.
Não espanta que as feministas estejam, agora, dedicadas a descaracterizar essa sensibilidade natural, acusando-a de ser "machista", "retrógrada", "hipócrita", entre outros rótulos infamantes. Não é verdade, porém, que sejamos contra o aborto porque não nos importamos com a mulher. Ao contrário do que sugere a cineasta Petra Costa, somos contrários ao aborto porque sabemos do valor da vida humana, seja em relação à mulher seja em relação ao bebê. Uma mulher católica, não feminista, fundou a Pastoral da Criança, a qual presta apoio a muitas famílias carentes, enquanto as autoproclamadas "vadias" fingem defender a causa feminina com pichações na Catedral da Sé. E nem precisamos falar das tantas obras de caridade, orfanatos, hospitais — como os de Irmã Dulce, por exemplo —, cujo serviço prestado à sociedade ajuda precisamente a suprir as lacunas deixadas pela ineficiência do Estado, para fazer corar de vergonha qualquer um que se atreva a atacar os cristãos. É uma afronta, além de uma grande calúnia, responsabilizar a Igreja pelos males sofridos pelas mulheres.
A diretora de "Meu corpo, minhas regras" também se diz surpreendida com a reação agressiva dos que assistiram ao vídeo. Mesmo sem endossar os comentários mais ofensivos, precisamos perguntar, como não sentir indignação quando um grupo de artistas — os quais, novela após novela, representam papéis que reforçam o desrespeito à dignidade da mulher — decide juntar-se para supostamente combater esse mesmo desrespeito, promovendo o aborto mais ou menos desta maneira: "Mulher, se você acha que deve matar seu filho no ventre, mate-o"?
Ainda segundo a cineasta, a questão do aborto "é sensível ou tabu em diversas crenças". Vejam, ela quer falar de tabus! Vamos começar, então, pelo financiamento internacional das campanhas pró-aborto. Se as feministas estão tão preocupadas com a saúde pública, por que odeiam tanto a ideia de uma CPI do aborto? Vamos falar, ainda, dos falsos números de abortos clandestinos, divulgados pelas ONGs, a fim de alarmar a população. Ou você acha mesmo que, em um ano, 30 mil mulheres querem abortar, mas não podem porque proibido, e no outro, apenas sete mil procuram o procedimento, porque legalizado?
Mulheres são vítimas de violência sexual e doméstica? Verdade. Devem lutar por respeito e dignidade? De acordo. O aborto resolverá esses problemas? Mentira. Curiosamente, o discurso feminista resume todo o drama das mulheres, como exploração, violência e preconceito, à defesa intransigente da legalização do aborto, como se este fosse provocar uma diminuição nos casos de estupro, aumento de salários, mais participação feminina em cargos políticos e por aí vai. Trata-se de uma associação ridícula sem qualquer base na realidade. Pelo contrário, temos razões suficientes para afirmar que uma possível legalização do aborto apenas aumentaria a opressão sobre a mulher. Notem: é conveniente para um namorado covarde e irresponsável — ou para sua família — forçar a namorada a interromper a gravidez indesejada. É o que já vemos acontecer em grande parte dos casos. E isso se torna ainda mais fácil com o chamado "aborto legal". Na prática, o aborto tornar-se-ia mais um método anticoncepcional, como já acontece em outros países. Onde está a libertação?
Ademais, os efeitos colaterais de um aborto na vida da mulher são gravíssimos. Embora as feministas não pesquisem isso — como revelou Débora Diniz em um recente debate no Senado —, estudos sérios, científicos, confirmam "uma forte associação entre aborto e desordens mentais" [2]. A pergunta que não quer calar é por que até hoje a ANIS nunca fez um estudo especializado sobre esse assunto. Teme o resultado?
A verdade é que toda essa gritaria feminista dos últimos dias deve-se principalmente ao Projeto de Lei 5069, o qual, se aprovado, deverá pôr uma pedra sobre o seu plano de legalizar o aborto no Brasil. Por isso, várias mentiras têm sido espalhadas ao vento acerca dessa proposta, com o intuito de impedir sua aprovação pelo Senado. O que o projeto realmente quer, todavia, é "garantir um atendimento mais humano, mais digno e mais seguro para mulheres que tenham sido vítimas de violência sexual", além de "levar os responsáveis por esse covarde crime à justiça, identificando-os e punindo-os exemplarmente". A oposição das feministas apenas comprova a má fé de quem não está minimamente preocupado com as mulheres — e não vai descansar até que transforme os seus úteros em verdadeiros cemitérios de crianças.
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