A Disney está cogitando seriamente a possibilidade de dar, a uma das personagens de maior sucesso dos seus desenhos animados, o status declarado de homossexual. Trata-se da rainha Elsa, de Frozen, sucesso absoluto de bilheteria no mundo inteiro. A previsão é que, nos Estados Unidos, o segundo filme da história seja lançado em 27 de novembro de 2019.
Embora Frozen já tenha sido aclamado pelo mundo LGBT, por retratar em Elsa um conflito interior supostamente semelhante ao que vivem os homossexuais, tudo fica nas entrelinhas no primeiro filme. Se depender dos produtores da animação e do clamor da mídia liberal, no entanto, Elsa pode acabar “saindo do armário” de vez.
Idina Menzel, que em 2013 emprestou sua voz à protagonista do filme, afirmou em 2016 que estava “realmente feliz” com essa possibilidade. No Twitter, uma campanha lançada por uma ativista feminista pedia: #GiveElsaAGirlfriend, ou seja, “Dê a Elsa uma namorada”, e uma mensagem ia ainda mais longe: “Dê a Elsa uma namorada porque as meninas que assistem (a Frozen) precisam saber que é possível ser uma princesa e amar outra princesa.”
As reações de inúmeros pais foram evidentemente negativas. Criaram-se até petições on-line nesse sentido. Mas nem assim os jornalistas progressistas se intimidaram. “Existe algo de muito errado com a noção de que uma Elsa gay perverteria uma história pelo simples fato de existir dentro dela”, escreveu uma colunista canadense. Ela ainda ridicularizou os pais que se opuseram ao projeto “maravilhoso” dos estúdios Disney: “Eles estão apavorados que uma Elsa lésbica seja tão legal e tão fabulosa, que acabe transformando suas filhas em gays.”
Você certamente já escutou esse mesmo argumento em outros lugares. É com ele que as pessoas “de mente aberta” (e vazia) recriminam os cristãos e os conservadores, pelo simples fato de se oporem ao estilo de vida devasso que hoje é propagado abertamente pelos filmes, pelas músicas e pelos programas de televisão em geral.
Mas o ridículo dessa crítica salta aos olhos. Ela se baseia em três pressupostos falsos, que vale a pena repassar brevemente, até para ajudar os bons pais a fortalecerem suas convicções e não amolecerem diante das pressões do “politicamente correto”.
Supõe-se, primeiro, que todos deveriam aplaudir e festejar o comportamento e a prática homossexuais; que não há nada de errado com isso; e a de que o preconceituoso é você, se achar o contrário.
Neste ponto, a luta pela “tolerância” e pela “diversidade” atinge o seu ponto de inflexão: é preciso tolerar todos, menos os que pensam diferente do discurso corrente; a diversidade aceita tudo, menos os princípios básicos da lei natural e a tradição judaico-cristã.
Supõe-se, em segundo lugar, que a nossa sociedade estaria obcecada com os homossexuais, quase numa espécie de “homofobia”. Assim, os pais que protestaram contra a possibilidade de uma Elsa lésbica não teriam a mesma reação se seus filhos fossem expostos a divórcio, adultério ou até cenas de sexo mais ou menos explícito em horário “nobre” na TV aberta.
Mas se é verdade, por um lado, que nem todos os pais policiam devidamente o uso que seus filhos fazem da internet e dos meios de comunicação em geral, por outro, essa visão nem de longe representa o pensamento da maioria das pessoas, quanto mais o todo da doutrina cristã a respeito da sexualidade. A falta de vergonha, de respeito e de pudor nunca foi exclusividade deste ou daquele tipo de pecadores. Para o brasileiro médio, é igualmente reprovável tanto o casalzinho despudorado que se beija à luz do dia numa calçada quanto o par homossexual que faz a mesma coisa.
Para a moral católica, compartilhada por grande parte de nossa população, não está errado só o homossexual que dá ouvidos a sua tendência desordenada, mas também o alcoólatra que cede ao seu vício; o marido que é violento com sua esposa ou que lhe é infiel; o ladrão, que prefere tirar dos outros a conquistar as coisas com seu próprio suor etc. Cada pessoa tem sua luta particular. Cada um tem um “canto de sereia” ao qual precisa resistir.
A última suposição, enfim — e também mais estúpida de todas —, é a de que, imagine só, uma criança jamais seria influenciada simplesmente por ver dois gays ou duas lésbicas se beijando, trocando carícias ou dando-se as mãos.
Mas quem acredita com sinceridade nisso não entende absolutamente nada de psicologia infantil. O mais simples dos pais sabe muito bem que crianças têm uma facilidade tremenda para imitar as ações e as palavras de outras pessoas, seja para o bem ou para mal. Ilustram bem o caso os vídeos escandalosos, que existem aos montes na internet, de crianças dançando músicas completamente inapropriadas e imitando artistas inimitáveis (para qualquer idade).
Não, não há nada mais influenciável do que uma criança. Por isso, todo cuidado é pouco na formação de sua personalidade.
Respondida a crítica dos liberais, resta-nos perguntar por que a Disney desejaria lançar uma Elsa lésbica em 2019.
Isso nada mais é do que o resultado de anos de tomada de poder dos meios de comunicação por pessoas comprometidas ideologicamente em fazer avançar uma “causa”, ao invés de simplesmente entreter pessoas — e, neste caso, o público infantil. (Não é coincidência que, na década de 1990, 40% dos que trabalhavam nos estúdios Disney fossem homossexuais.)
Para esses agentes de transformação social infiltrados na mídia, a homossexualidade é apenas mais uma barreira moral a ser superada por nossa época. Por isso, nada melhor do que começar bem cedo, fazendo os nossos filhos se acostumarem ao “admirável mundo novo” que eles querem construir.
Se Elsa não aparecer com uma namorada em Frozen 2, não será por causa do apelos de pais e educadores que não querem algo assim num filme infantil. Não. Para se justificar, a Disney usará o argumento de que nossa sociedade “ainda não está pronta” para um desenho animado com personagens homossexuais. Para tanto, eles continuarão trabalhando duro, incansáveis… Até que, um dia, a Bela Adormecida seja acordada pelo beijo de uma Cinderela, e a Rapunzel seja salva de seu cativeiro por uma Branca de Neve.
Por isso, fica aí o alerta aos pais. Foi-se o tempo em que as animações da televisão eram ingênuas e podiam ser tranquilamente vistas pelas crianças. Com uma Elsa lésbica ou não, os desenhos modernos foram feitos para “desenhar” uma nova sociedade — e eles só estão começando.
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