O breve texto a seguir não é de autoria do Padre Paulo Ricardo; foi escrito pelo Monsenhor Stephen Rossetti, que exerce a função de exorcista na Arquidiocese de Washington, capital dos Estados Unidos. A tradução para a língua portuguesa é de nossa equipe.

Telefonou-me há dias um exorcista encarregado de uma possessa:

— Acabo de receber uma mensagem do demônio. 

— E o que ele disse? — perguntei. 

— Ela é minha! — respondeu-me.

“Típico”, respondi. Num exorcismo, os demônios sempre afirmam, cedo ou tarde, ter direito sobre o possesso, por isso nos exigem sair de perto. Isso mostra que os demônios veem ameaçado o seu domínio; do contrário, não se preocupariam em nos recordar seu “título de propriedade”. À medida que perdem terreno, aumenta-lhes o medo de ficar sem nada… 

No fundo, todo exorcismo é uma batalha de posse. A quem pertence o possesso, a Jesus ou a Satanás? Satanás quer subjugá-lo, mas Jesus dá a liberdade de o escolher. No exorcismo, convidamos o paciente a renovar os votos batismais: “Tu rejeitas Satanás? E todas as suas obras? E todo o seu vão espetáculo?” Segue-se então uma afirmação de fé. Em seguida, costumo segurar um crucifixo e, como num batismo, digo: “Eu te reivindico para Cristo, nosso Salvador, pelo sinal de sua cruz”. 

Por isso me espanta o número cada vez maior de não batizados. Ora, é neste sacramento fundamental que a alma é resgatada das garras de Satanás. Faço questão de o recordar ao maligno durante as sessões: “Essa pessoa pertence a Jesus. Ela te renegou, pois foi batizada”. A resposta do demônio? Silêncio.

No domingo de Páscoa, renovamos nossas promessas batismais, professamos a fé e somos aspergidos com água benta. É um exorcismo menor. Fomos libertos do poder do mal e salvos por Jesus Cristo. Glorioso dia!

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