Este breve texto não é de autoria do Padre Paulo Ricardo; foi escrito pelo Monsenhor Stephen Rossetti, que exerce a função de exorcista na Arquidiocese de Washington, capital dos Estados Unidos. A tradução para língua portuguesa é de nossa equipe.
Carla ficava cada vez mais depressiva. Sua condição mental piorava e ela dava sinais de comportamento suicida. A família agiu com prudência e interveio para preservar a segurança dela, mas ela continuou a ser absorvida por uma tristeza desesperadora.
Carla me enviou uma mensagem e descreveu o que estava acontecendo: “Eu estava presa num labirinto. As pessoas ficam encerradas lá… Eu fiquei. Nunca me senti tão infeliz, sozinha e triste”. Era um labirinto sem saída. Ela acrescentou: “A única saída me levava de volta para o ponto em que me encontrava”. Ela não conseguia sair. Não conseguia comer e chorava constantemente. “Era uma sensação de apatia, tristeza e medo”.
Ela teve uma visão espiritual de muitas outras pessoas presas em seus próprios labirintos. “Vi e ouvi almas que também choravam… Nós todos estávamos em nossos próprios labirintos, que eram imensos”. Ela acrescentou que todos estavam completamente isolados uns dos outros. “Ouvi gritos e choro” de todas as outras pessoas. “E ainda que eu gritasse com intensidade, ninguém conseguia me ouvir”.
Um dia após a nossa conversa, eu também comecei a me sentir deprimido, algo que não costuma acontecer comigo. A sensação durou várias horas. Finalmente, tive uma iluminação: “Ah! Pode ser algo vindo de Carla. É possível que alguns dos demônios dela estejam me atacando”. Então, rezei por vários minutos: “Em nome de Jesus, ordeno que os demônios da depressão vão embora!” Repeti a oração várias vezes. Então, o sentimento passou e eu voltei ao normal. Rezei para que isso fosse uma graça para Carla e a ajudasse a sair das trevas.
No dia seguinte, nós nos encontramos e perguntei a ela: “Como você está?” Ela disse que tinha conseguido sair do labirinto e estava bem. Seu rosto tinha uma aparência jovial e seus olhos brilhavam. Tivemos uma sessão [de exorcismo] muito frutífera na grande festa da Imaculada Conceição. Depois, ela agradeceu à sua família e à minha equipe, bem como à Santíssima Virgem por lhe ter “salvado a vida”.
Embora os sintomas dela fossem bastante característicos de alguém em estado severo de depressão, o fato de eles terem desaparecido dramaticamente em resposta às orações sugere que ao menos em parte a origem deles era espiritual. Ela própria deixou claro que o labirinto é um dos truques que Satanás usa como isca para fazer as almas mergulharem no desespero e cometerem suicídio. Agradecemos à Santíssima Virgem por uma graça especial que a salvou.
Carla me pediu o seguinte: “Padre, o senhor deve falar com as pessoas sobre o labirinto. Elas ficam presas nele. Foi por isso que quase me matei”. E assim eu estou fazendo.
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