No último mês de maio, os holofotes do mundo inteiro se voltaram para a Cidade Eterna, retratando toda a beleza das basílicas romanas, todo o esplendor do culto católico, e acompanhando, enfim, cada passo dado pelo Pontífice da Santa Igreja, recém-eleito.

Nos últimos dias, por exemplo, vimos o Papa receber o pálio e o anel do pescador; rezar diante dos túmulos de Pedro e Paulo; assistimos à sua posse como bispo de Roma, na Basílica de São João de Latrão; e vimo-lo, enfim, venerar o ícone da Virgem na Basílica de Santa Maria Maior…

Mas — os não-crentes perguntam por curiosidade, e os protestantes por desdém —, “se o Papa é um humilde servo de Deus e dos irmãos”, como declarou o próprio Leão XIV no início de seu pontificado, “qual a razão de tanta pompa, tantas cerimônias, tanta ostentação?”

A resposta está no que significa o ofício papal: como sucessor de São Pedro, o Papa é a pedra sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja, tendo sido convocado por Ele a “confirmar os irmãos na fé”, “apascentar as suas ovelhas”... E exatamente por isso, assim como os Atos dos Apóstolos nos contam que as multidões “traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles” (5, 15), também os católicos se dirigem ao Papa com filial devoção, certos de que é um homem, sim, mas com um mandato divino.

João Paulo I, o “Papa Sorriso”, foi o último Papa a ser carregado na sede gestatória.

Também por isso, durante muitos séculos, circundou a sé de Pedro um sem-número de pompas e solenidades que, hoje, no entanto, diminuíram a olhos vistos. Antes, o Papa era coroado no início de seu pontificado; agora, não mais. Antes, era literalmente carregado numa grande “liteira” — a sede gestatória —, como um rei; hoje, não mais. No entanto, os chefes de Estado ainda se curvam em reverência diante dele, beijam-lhe o anel do pescador, respeitosamente lhe chamam de “Santidade”. 

Nada disso é por causa dele, porém. Até o dia 8 de maio, quem era Robert Francis Prevost? Nada mais que um bispo da Igreja, e relativamente desconhecido pela maior parte das pessoas. Tão logo ele aceitou o encargo apostólico, no entanto, Jesus do alto Céu lhe disse: “Tu és Pedro”; e, agora, pela fé em Cristo que ele é chamado a guardar com fidelidade, nós vemos nele o príncipe dos Apóstolos, a cabeça visível da Santa Igreja, o vigário de Cristo na terra. E, sim, regozijamo-nos com seu pastoreio, alegremente nos submetemos, desejamos-lhe cantando: “Vivas tanto ou mais que Pedro!”

Afinal, se pela fé sobrenatural que manifestou São Pedro, Jesus chamou-lhe “feliz”, “beato”, verdadeiramente “bem-aventurado”, quem somos nós para não dizer o mesmo ao seu sucessor?

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MS
Maria Santos
11 Jun 2025

Muito verdadeiro. Graças Deus temos Papa.

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JG
Jorge Gonçalves
10 Jun 2025
(Editado)

Gostaria de esclarecer não corresponder à verdade dos factos que o Papa Paulo VI tenha sido o último Papa a ser transportado na "sedia gestatoria". Realmente, o seu sucessor, Papa João Paulo I, que reinou por pouco mais de um mês, no ano de 1978, utilizou algumas vezes a sedia gestatoria. Não o fez na Missa Inaugural do Pontificado, mas fê-lo, por exemplo, quando se deslocou a S. João de Latrão e também na Sala Paulo VI. Presumo que quem escreveu o texto seja muito novo e não tenha experiência de ver João Paulo I na "sedia", mas se procurar na internet encontrará algumas fotos. Basta pesquisar juntando "Papa Giovanni Paulo I" e "sedia gestatoria" (1978 foi o ano em que entrei na Universidade e lembro-me bem). Que tal corrigir a informação contida no texto?Obrigado.

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MJ
Marisa J.franco
8 Jun 2025

Jesus nos merece toda honra e glória,por que seu representante não a mereceria?

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LC
Lourdes Cardoso
5 Jun 2025

Pe Paulo,  muito obrigada pelo seu apostolado. Os conteúdos são sempre uma benção para quem busca a santidade. O senhor é o nosso SANTO PADRE. Sua benção Pe Paulo!

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