O testemunho a seguir foi enviado no dia 14 de outubro de 2016 ao nosso suporte. Conta a história de um casal de noivos que atribui bondosamente ao nosso trabalho de evangelização o momento de profunda graça que vêm experimentando em suas vidas: a oportunidade de viverem um relacionamento casto, de acordo com os planos de Deus.
Os nomes Marcela e Mateus são fictícios, mas os corações que se unem para narrar esse belo relato de conversão são reais e pulsam de verdadeira caridade. A todos os que passarem por aqui, rezem uma Ave-Maria por esse casal, a fim de que descubram sempre mais, no afeto que manifestam um pelo outro, a resposta de amor que todos devemos a Cristo, Noivo das almas.
Querido Padre Paulo Ricardo,
Meu nome é Marcela, tenho 31 anos, e tenho muito a agradecer a Deus por sua vida e seu ministério, padre. Vou lhe contar uma grande graça que estou vivendo, e o senhor entenderá melhor essa gratidão.
Um dos grandes desafios das mulheres que sonham com um santo namoro é acreditar que podem encontrar homens que aceitem viver a castidade e aguardar em Deus, principalmente na minha idade. Existe uma cultura que supervaloriza o sexo e faz dos namoros verdadeiros "casamentozinhos" disfarçados. Existe um mito de que as pessoas, principalmente os homens, são incapazes de passar muito tempo sem sexo e, também, de que no pacote de todo namoro estão as relações sexuais.
Parece-me que a maioria dos homens solteiros, ainda que católicos e até frequentadores da missa, ignoram a castidade; as mulheres, em geral, seguem na mesma linha. Eu também fiz parte desse rol por alguns anos, mas, há quase 10 anos, eu tive um encontro profundo com Cristo que mudou a minha vida e um dos frutos do Espírito Santo na minha alma foi eu ter passado a viver uma vida casta desde essa época.
Há pouco mais de quatro meses, eu conheci o grande amor da minha vida, chamado Mateus. Desde quando nos conhecemos, nos identificamos bastante, pois ele é católico como eu, além de ser um rapaz sério, inteligente, sensível; gostamos das mesmas coisas, temos os mesmos propósitos de vida, nos alegramos com coisas simples. Mateus tem 33 anos.
Um dos momentos mais belos que vivemos aconteceu no quarto dia em que nos encontramos. Corremos em um parque e depois nos sentamos em um banco para tomar água de côco e conversar. Foi quando ele comentou sobre as viagens que poderíamos fazer juntos. Ele já tinha falado algo parecido antes, mas, naquele momento, senti que eu deveria abrir o jogo sobre aquilo que sempre havia sido o problema mais sério dos meus namoros anteriores e que sempre me dava ansiedade ao iniciar relacionamentos: a castidade.
Embora no fundo eu já soubesse que ele era um rapaz diferente e algo me dissesse que isto não seria problema desta vez, pela primeira vez, ao lado dele, me entristeci. Comecei a pensar nas palavras, escolher a forma de falar, disse que eu tinha uma coisa para contar a ele. Sempre que queremos dizer algo que nos é difícil manifestar ou sabemos que será complicado para o outro ouvir e entender, soltamos o velho clichê introdutório: "Preciso te contar uma coisa…".
Chamei-o para nos sentarmos em outro banco, pois ali onde estávamos fazia muito barulho. Enquanto caminhávamos, estava ansiosa, sentia medo de estragar, tão cedo, aqueles momentos agradáveis de descobertas e identificação que estávamos vivendo. Quando nos sentamos novamente, não tive mais como voltar atrás e adiar a conversa.
Comecei expondo que, no meu tempo de faculdade, eu conheci um Grupo de Oração Universitário, da Renovação Carismática Católica. Minha vida interior passou por uma absoluta guinada naquela época. Desde minha infância e adolescência, eu tinha uma busca espiritual que me impulsionava e me angustiava. Apesar de eu ser de família católica, frequentar a missa aos domingos, com meus pais, durante toda minha infância e parte da minha adolescência (obrigada por eles nesta última fase), somente quando me tornei adulta, depois de conhecer e viver muitas coisas, que minha fé em Jesus Cristo se estabeleceu de forma inequívoca dentro de mim. Uma profunda alegria e confiança na religião católica me trouxeram a paz espiritual que eu sempre buscara.
Expliquei ao Mateus que, desde esse tempo, eu optara por não ter relações sexuais com os homens com os quais eu me envolvesse. Decidi que teria sexo apenas com uma pessoa: aquele que viesse a se tornar o meu marido. Achei importante ressaltar que não se trata de uma forma de pressão para o casamento ou qualquer outra coisa, mas de uma decisão que está completamente relacionada à minha fé. Disse, ainda, que essa opção de vida me custa, que não é fácil, e inclusive está se tornando cada vez mais difícil de manter.
Quando terminei de contar todas essas coisas, perguntei se ele aceitava a situação e ainda queria continuar comigo aquele processo de conhecimento um do outro em que estávamos. Ele então me abraçou e disse que aquilo que eu acabara de dizer era a coisa mais linda que ele já tinha ouvido… Ele estava emocionado, parecia diante de algo que não esperava, não conhecia, ficando comovido. Além disso, fez questão de me dizer que ele nunca havia vivido a castidade e me perguntou se estava tudo bem. Eu disse que não tinha problema algum, desde que ele concordasse em viver de forma diferente, a partir daquele momento…
Alguns dias depois, Mateus descreveu que eu estava extremamente constrangida ao contá-lo sobre a minha castidade; estava nervosa, envergonhada, tinha a voz embargada. Disse que sentiu vergonha dele mesmo e de todos homens, pois não é certo que uma mulher se sinta amargurada por se preservar e ter princípios... Comentou que está tudo invertido, que os homens é que deveriam se envergonhar.
No próximo encontro, depois deste dia, fomos à missa, numa paróquia onde é possível confessar-se em qualquer dia da semana, especialmente antes e durante as missas, e as pessoas formam filas para se reconciliar com Deus. Fomos os dois para a fila da confissão. Desde as primeiras conversas que tivemos, eu havia convidado o Mateus para ir à missa e ele dito que precisava confessar-se para ir comigo e poder comungar. Naquele mesmo dia, na porta da igreja, ele me pediu em namoro.
Nunca me esquecerei daqueles dias… Deus me mostrou de forma maravilhosa sua presença e ação na minha vida. Pedi perdão por todas as vezes que questionei e até duvidei se seria possível, para mim, viver o que Ele me pedia e a Igreja me orientava, pelos diversos motivos mundanos que eu elencava. O Senhor não só me deu a graça de ter a oportunidade de viver um namoro santo, como me deu ainda mais motivos para que eu me esforce nessa meta. Todas as conversas e aquele dia mágico que vivi com meu namorado tornaram-se novos estímulos para que eu resista e o ajude na intenção de vivermos a castidade.
Claro que não é fácil. Amamo-nos muito, confiamos um no outro, falamos desde o início em nos casar (ficamos noivos há duas semanas!). Não somos naturais da cidade onde habitamos; ele mora sozinho e eu também; gostamos muito de estar juntos… Tudo isso torna a luta mais intensa, mas a vitória de cada dia, também, tem sido ainda mais gratificante.
Embora meu noivo já fosse batizado, tivesse feito a primeira comunhão e tivesse grande apreço e vivência dos princípios cristãos antes de me conhecer, ele não frequentava a missa ou participava de qualquer movimento da Igreja. O principal contato que ele tinha com a religião católica, antes de me conhecer, era por meio de sua obra, querido Padre Paulo Ricardo. Ele é seu aluno virtual há um bom tempo. Faz cursos, assiste a vídeos, gosta muito das suas homilias.
Tenho pleno entendimento de que o Senhor preparou meu noivo por meio de você, padre. Tudo o que eu propus e que ele aceitou com tanta abertura; toda a sede de Deus dele, que se juntou à minha, para passarmos a viver juntos uma vida tão voltada para a Igreja; a real mudança de vida dele; tudo isso é fruto do Espírito Santo e iniciou-se com o acesso que ele teve à sua obra, padre.
Tenho profunda gratidão a Deus pela sua vida, Padre Paulo Ricardo. Ir à missa e assistir a seus vídeos e cursos é parte da nossa rotina de casal desde o início do nosso namoro. Entre outros, estamos sempre assistindo os relacionados à pureza, temática que ele me confessou sempre evitar em seus cursos anteriormente... Queremos nos manter firmes no propósito que não é só meu, é dele também, de vivermos a castidade.
Meu noivo e eu admiramos profundamente sua inteligência, seu caráter, sua sinceridade, sua dedicação e seus conhecimentos da doutrina da Igreja e dos santos, de filosofia, da Bíblia... Jesus continua falando a nós por meio das suas palavras. Rezamos por você, pedimos que o Senhor o proteja e lhe dê a graça de seguir cada dia para mais perto dEle, ajudando a nós e a tantos outros a trilhar o mesmo caminho.
Deixo aqui um grande abraço ao senhor! Que Nossa Senhora e Santa Teresinha o protejam e lhe deem muitas graças, todas as que o senhor ora pedindo ou seu coração pede secretamente.
Com admiração e carinho,
Marcela.
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