Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5, 13-16)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.
A Santa Igreja nos traz hoje à memória a figura de um dos pais da cidade de São Paulo, S. José de Anchieta, espírito de profunda veia apostólica que não mediu esforços para levar aos nativos da nossa terra a vida que Cristo lhes conquistara no Calvário. Nascido nas Ilhas Canárias em 1534 e educado na cidade de Coimbra, em cuja Universidade tomou contato com a Companhia a que pouco depois teria a honra de pertencer, José de Anchieta veio para o Brasil com apenas dezesseis anos e palmilhou o que do nosso país se conhecia até então. O ardor que o animava a catequizar os indígenas que aqui viviam o levou a escrever, como é sabido, a primeira gramática da língua tupi, a fim de lhes tornar o mais familiar possível a santa fé católica. Fazendo-se tudo para todos, ele soube traduzir o Evangelho e a doutrina da Igreja, sem lhes adulterar um só ponto, à índole própria da nossa gente, confortadas assim com a esperança da salvação que só em Cristo, nosso Redentor, é possível ter. Hoje, elevado à honra dos altares depois de tanto trabalhar pela evangelização do Brasil, continua S. José de Anchieta a olhar por todos nós, filhos de seu empenho missionário, e a socorrer-nos com sua intercessão. Recorramos pois a este semeador do Evangelho, verdadeiro sal e luz na história do Brasil, e peçamos-lhe que nos ajude a arder de caridade apostólica e nos inspire, por seu exemplo, a amar cada vez mais a Virgem Santíssima, Rainha de nossa terra.
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