Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 17, 10-13)
Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?” Jesus respondeu: “Elias vem e colocará tudo em ordem. Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles”. Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.
Estamos a apenas nove dias da celebração do Natal, quando iremos reviver, nos mistérios em que a Liturgia da Igreja nos envolve, a Encarnação redentora do Filho unigênito de Deus. O Verbo divino, fazendo-se homem como nós em tudo, exceto no pecado, descerá das estrelas, de seu trono celeste, e já no gelo da gruta em que Maria o dará à luz começarão as dores com que seremos salvos. Aquele divino Menino, a tremer de frio, já pagava assim o preço do seu infinito amor por nós. Quão grande é esse mistério, e com que a gratidão deveríamos meditá-lo: o Senhor, ainda em Menino, antes mesmo de nascer, vendo sem interrupção a doce face do Pai, via também a cada um de nós, a cada um daqueles por quem derramaria, gota a gota, o seu Sangue Preciosíssimo! Tão-logo Maria o concebeu em sua seu ventre virginal, Cristo já abraçava com amor salvífico a todos os membros do seu Corpo Místico, que é a Igreja a que temos a graça de pertencer. Ao repassarmos hoje em nossa oração este tão sublime mistério, não deixemos de dirigir a Jesus Sacramentado aquela exclamação cheia de fé e de afeto em que um dia prorrompera S. Afonso Maria de Ligório: “Ó Menino meu divino, eu Te vejo aqui a tremer; Ó Deus beato, quanto Te custou haver-me amado!”
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