Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 7, 24-30)
Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: “ Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. Se eu os mandar para casa sem comer vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”. Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.
Celebramos hoje com grande alegria a memória de Santa Escolástica, irmã do grande São Bento de Núrsia, fundador do monaquismo ocidental, que com sua Regra mudou verdadeiramente a história da civilização.
O pouco que sabemos da vida de Santa Escolástica foi narrado por São Gregório Magno em um dos capítulos de sua obra “Diálogos”, que ele escreveu para contar a vida de São Bento. Ele relata que Escolástica tinha sido dedicada por sua família a Deus desde a mais tenra infância. Talvez aqui esteja o significado do seu nome de “Escolástica”, ou seja, aquela que, desde cedo, foi dedicada à escola do Senhor, a seguir os passos de Deus.
Depois que São Bento começou uma vida cenobítica em Monte Cassino, Escolástica se estabeleceu como monja nas proximidades desse lugar. Uma vez por ano, São Bento visitava sua irmã e, eles se entretinham durante o dia partilhando as verdades espirituais que iluminavam suas almas e suas experiências com Deus.
Numa dessas ocasiões, ao entardecer, São Bento começou a se despedir de Santa Escolástica, pois jamais dormia fora do mosteiro. Todavia, ela pediu para seu irmão permanecer. O santo, muito fiel à sua própria Regra, negou, e logo Santa Escolástica, que estava sentada à mesa, abaixou a cabeça e começou a chorar copiosamente, rogando a Deus que impedisse seu irmão de ir embora. Logo que as lágrimas de Escolástica começaram a banhar a mesa, Deus atendeu a sua oração e, quando ela levantou a cabeça, caiu uma tempestade tremenda, impedindo São Bento de se deslocar. Bento, então, olhou para sua irmã Escolástica e disse: “O que fizeste? Deus te perdoe aquilo que fizeste”. No entanto, Escolástica, com simplicidade, retrucou: “Eu pedi a ti e me negaste, eu pedi ao meu Deus e Ele me ouviu”. Então os dois passaram a noite em santos colóquios e, somente de manhã, São Bento pôde ir embora.
Voltando para o seu mosteiro, três dias depois, São Bento olhou para o céu e viu a alma de Escolástica subir em forma de pomba e entrar na glória de Deus. Com essas palavras, São Gregório Magno conclui a vida dessa santa e diz: “Como diz São João Evangelista, Deus é amor, então não te admires que, embora Bento fosse um grande santo, Deus tenha ouvido a oração de Escolástica, porque, com justíssima razão, teve mais poder aquela que mais amou”. Essa é uma importante regra para a nossa vida de oração.
Que santa Escolástica nos ensine a ter essa caridade no coração para fazermos as preces que Deus quer ouvir de nossos lábios, e, assim, alcançarmos a exuberância e o transbordamento do amor de Deus neste mundo.
O que achou desse conteúdo?
Amém!
“Christus mansionem benedicat” - Cristo, abençoe esta casa”
"Estai sempre prontos a responder para vossa defesa,
a todo aquele que vos pedir, a razão de vossa esperança."
(I Pedro 3,15)
“Se pudermos alcançar apenas uma pessoa assim – alguém em uma situação difícil, alguém perdido – e ajudá-la a iniciar uma jornada de volta a Deus, então sim, terá valido a pena”, escreveu Alex Jones que é fundador e Diretor Executivo do Hallow, o mais novo aplicativo de orações católicas, que fará a sua apresentação ao grande público do futebol americano nas finais do Super Bowl neste domingo - um dos eventos esportivos que mais atraí público.
Neste domingo é o dia de Nossa Senhora de Lourdes. No Estádio do evento esportivo serão 30 segundos apenas para dar graças a Deus.
Jesus fez e faz milagres no Chronos (nosso tempo) muito mais rápido!
O Olhar do Pai, do Filho e do Espírito Santo na união das Três Pessoas da Santíssima Trindade é também Kairós.
Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
II São Pedro 3:8
"Deus dá de comer ao povo no deserto,
nós não nos sentimos no deserto,
nós estamos nas cidades modernas com (todos) recursos para comer,
no entanto estamos no deserto...
Na analogia com o alimento que precisamos para nossa alma nós somos conduzidos à realidade.
Jesus evita as cidades começa a se reunir com o povo no deserto e aqui Ele está nos mostrando quem somos nós no meio do deserto desse mundo.
Aqueles que viram Jesus não foram ao deserto para comer, mas terminaram alimentados espiritualmente por Jesus. Estavam ali propter Iesum (por causa de Jesus) e não propter esum (por causa da comida). Veremos depois que as coisas se invertem, diante do milagre que viveram, e queriam a "comida fácil".
No meio do deserto deste mundo nós buscamos Jesus!
Nós estamos dispostos a ir ao deserto buscar Jesus? Pagar o preço?
Nada, absolutamente nada, sacia a nossa fome de Deus.
É muito fácil, muito fácil, nós substituirmos o Deus verdadeiro por uma contrafação (fingimento, simulação, disfarce), por uma falsidade, por um Deus que não é verdadeiro, por causa da nossa fome, porque estamos no deserto espiritual e temos 'fome de Deus'.
Ninguém quer viver no deserto ninguém quer passar por essa fome.
Quais foram os deuses que adotamos, quais foram as compensações que abraçamos sem coragem de buscar Jesus no deserto, onde está o seu Deus, onde é que nós estamos?
Quais são os deuses falsos que nós cultivamos e que nós amamos, porque não queremos somente Jesus no deserto, amar Jesus no deserto, estar com Ele no deserto, e nos alimentar somente dele?
O Evangelho de hoje nos leva a refletir.
Quando estivermos reunidos para celebrar a Santa Eucaristia devemos fazer esse exame de consciência antes de nos aproximarmos do Altar, antes de nos aproximarmos da Santa Comunhão:
"Estou verdadeiramente com fome de Deus, buscando Jesus ou eu no meio do caminho fui arranjando outros deuses, outras coisas?"
A Igreja nos pede que antes de comungarmos guardemos um jejum Eucarístico, o jejum Eucarístico bastante bondoso atualmente. Somente uma hora antes da Missa.
A Igreja já foi bem mais rigorosa com relação a isso.
Nós séculos passados era proibido beber água a partir da meia-noite antes da comunhão - verdadeiro deserto, verdadeira fome de Deus.
Depois essa disciplina se abrandou e o jejum passou a ser de 3 horas e agora, recentemente, somente, tão somente uma hora, e mesmo assim ainda tem gente que não respeita o jejum Eucarístico.
Perguntemo-nos ao nos aproximarmos da Eucaristia: estamos com fome de Deus?
Esse é o significado do jejum na busca do alimento espiritual.
Peçamos a Santa Escolástica e a Nossa Senhora de Lourdes que verdadeiramente nos dê essa graça de saber fazer jejum Eucarístico, ou seja, passar fome e vir para a Eucaristia com fome de Deus, fome espiritual - no meio do deserto buscar Jesus - conscientes que nada é capaz de saciar nossa fome de Deus', nada é capaz de preencher esse buraco que nós temos na alma.
Renunciemos aos ídolos, renunciemos as coisas que nós colocamos dentro de nós para falsamente saciar a fome de Deus e apresentemo-nos diante do Altar para receber a Santíssima Eucaristia com fome de Deus.
Apaptado e uma pregação católica mundo afora.
Santa Escolástica, rogai por nós🙏