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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 6,19-23)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.

No Evangelho de hoje, Jesus nos diz que não devemos juntar tesouros aqui na terra, porque tudo deste mundo é passageiro, e nós somos chamados a um destino eterno e a uma felicidade infinita. 

Neste mês de junho, celebramos o Sagrado Coração de Jesus, um exemplo perfeito para nós do coração que verdadeiramente encontra no Céu o seu tesouro. É evidente que Cristo, Deus feito homem, viveu isso de forma plena, sendo de fato o verdadeiro coração no qual o nosso coração deve estar. Contudo, se nós queremos nos desapegar das coisas mundanas assim como Nosso Senhor, é necessário que tenhamos um auxílio. Sempre foi difícil ao ser humano deixar tudo para trás, uma vez que sempre procuramos pela felicidade naquilo que é palpável. Por isso, Deus se fez homem e, em seu amor infinito, encarnado naquele Coração que morreu por nós na Cruz, veio para que tivéssemos uma segurança à qual pudéssemos nos apegar. 

Atraídos pelo amor e pelo Coração de Cristo, nós nos desapegaremos dos bens da terra. Mas como fazer isso de forma concreta? Para entendermos melhor, vejamos a afirmação de Jesus: “O olho é a lâmpada do corpo”. Ou seja: ao caminharmos por este mundo envolto em trevas, precisamos de uma lâmpada — o olho — para sabermos onde colocar nossos pés. E que olho é esse? Santo Tomás de Aquino comenta que, antes de tudo, trata-se da nossa razão e intelecto, mas também da nossa intenção e da nossa fé. 

Portanto, se nós, utilizando a nossa inteligência, cultivarmos uma fé arraigada no amor de Cristo — manifestado concretamente em seu Coração encarnado — estaremos no caminho certo para alcançar o tesouro do Céu. São Paulo disse uma vez: “Vivo, mas não eu; é Cristo quem vive em mim” (Gl 2,20). Isso significa que, ao unirmos a nossa alma à alma de Cristo e desejarmos apenas o que Ele deseja, seremos transformados de tal modo que o nosso coração já não será mais nosso, pois será o próprio Cristo vivendo em nós. Assim, nosso coração não estará apenas voltado para o Céu, mas abrigará dentro de si o próprio tesouro do Paraíso: o Coração de Cristo.

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