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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 17, 10-13)

Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?”. Jesus respondeu: “Elias vem e colocará tudo em ordem. Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles”. Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.

Celebramos hoje, com grande alegria, a Memória de Santa Luzia. Ela foi uma virgem do início do cristianismo que vivia na Sicília e foi martirizada na época do Imperador Diocleciano, por volta do ano 250. No processo em que ela foi acusada como cristã, o juiz ameaçou jogá-la num prostíbulo para que fosse prostituída. Então, Santa Luzia respondeu mostrando aquilo que é um pilar da moral cristã: “Não existe pecado quando a alma não consente”. 

Eis a grande lição para nós dessa santa extraordinária. Mesmo que o seu corpo tivesse sido entregue aos atos sexuais profanadores, ela permaneceria virgem, pois não consentiria com tal ato. E, de fato, Deus a protegeu, tornando o seu corpo tão pesado que ninguém conseguia transportá-lo; até, finalmente, ser morta pelos carrascos, e nascer para a vida do Céu. 

O que podemos aprender com essa breve biografia? Em primeiro lugar, vale recordar que ela é a padroeira dos olhos porque o seu nome, Luzia, vem de “luz”, e provavelmente existe uma assimilação entre essa mulher que existiu historicamente com o fato de que, na época que nós festejamos o seu martírio, também estamos perto de celebrar a grande Festa da Luz, que é o Natal, comemorada no dia 25 de dezembro devido ao solstício de inverno. Sim, pois trata-se da época do ano em que as culturas da Europa celebravam a luz por serem as noites muito longas e os dias, muito curtos. Então, nesse período de trevas, festejava-se durante a noite com velas, fogueiras e tudo que emanasse brilho. Assim surgiu a associação popular entre Luzia, “luz”, e os olhos.

Mas nós podemos tirar ainda uma outra conclusão: Santa Luzia, a virgem histórica que defendeu a sua pureza, ensinou-nos que não existe pecado se a alma não consente, e por isso pedimos a ela que proteja a nossa vista contra tudo aquilo que é devasso. É muito provável que, na época de Santa Luzia, não houvesse tanta possibilidade de sermos expostos a todo tipo de depravação sexual como nos últimos tempos; logo, é importante recorrermos à intercessão dela para alcançarmos a pureza do olhar e, se por acaso nossa vista pousar sobre alguma coisa errada, sabermos desviá-la e não consentir naquilo que vimos. 

Desse modo, guardando a pureza, estaremos verdadeiramente preparando a nossa alma para receber o Senhor que vem, purificando-a. Que Santa Luzia, grande padroeira de Siracusa, interceda por nós e nos dê as forças necessárias para que tenhamos, como ela, um coração tão inocente e corajoso, capaz de vencer as tentações por causa do imenso amor a Jesus.

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