Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 7, 15-20)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis”.
No Evangelho de hoje, Jesus nos alerta sobre os falsos profetas, ou seja, as pessoas que se apresentam com uma linguagem doce, afável e sedutora, mas nos levam para a perdição. Por isso, devemos ter cuidado, porque são como lobos vestidos em pele de ovelha e verdadeiros secretários de Satanás.
E como fazemos para distinguir? “Ex fructibus eorum”, diz Nosso Senhor, “é pelos frutos que os conhecereis”. É importante sabermos que Jesus não está dizendo para vermos quais são os resultados práticos que eles possuem na pastoral, os seus atos bondosos, a sua capacidade de encher os auditórios com sua eloquência etc., mas observar se eles são frutos da caridade, do amor. Jesus, estando com os Doze Apóstolos na Última Ceia, no capítulo 15 do Evangelho de São João, faz a comparação entre a videira — que é Ele — e os ramos — que somos nós, cristãos — e diz que, se os ramos forem podados, eles darão muitos frutos de amor: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13). Ora, quantas vezes vemos “profetas” pregando um Deus de amor, mas com a vida absolutamente devassa, egoísta e depravada? O verdadeiro cristão, portanto, crucifica o seu egoísmo para poder amar, pedindo o dom do Espírito Santo para conseguir dar a vida por Cristo e pelos irmãos.
É apenas em uma vida de doação e de entrega que vemos fruto do amor. Deus não quer somente que nós tenhamos uma doutrina santa; Ele quer que nós sejamos santos. O que acontece é que, na apostasia, as pessoas adaptam a doutrina aos seus gostos e aos seus caprichos, repudiando suas próprias consciências para terem uma vida aparentemente mais cômoda e agradável, mas totalmente egoísta e longe de Deus. Aqueles que parecem “arautos da tolerância”, onde todos são bem-vindos e cada um vive do jeito que melhor lhe apetece são os engenheiros de uma sociedade cada vez mais egoísta, onde ninguém se doa por nada. A aparência é de uma ovelha que segue o Deus de amor, mas, no fundo, são lobos ferozes, porque seguem o caminho do inimigo, cuja finalidade é fazer com que nós levemos uma vida entregue aos prazeres para terminarmos como egoístas e maus no fogo eterno.
É melhor vivermos uma vida um pouco mais crucificada do que uma vida que, no final, irá nos destruir. Portanto, peçamos a Deus a graça de sermos cada vez mais caridosos, a ponto de termos a coragem de morrermos por Ele e por nossos irmãos, se assim for necessário.
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Teologia da Prosperidade, o que é? Simples! Um empreendimento dirigido pelos mercadores da fé!