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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 18, 35-43)

Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”. As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim”. Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: “O que queres que eu faça por ti”. O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

Com grande alegria, celebramos hoje a Memória de Santa Isabel da Hungria, uma santa extraordinária e um grande exemplo de santificação no mundo. 

Isabel nasceu na Hungria, como o seu próprio nome diz, e desde os quatro anos de idade foi destinada a se casar com um nobre na Alemanha, o duque Hermann, da Turíngia. Evidentemente, ela não desposou com essa idade, mas foi enviada ao palácio do duque para ser educada. Então, com treze anos, ela se casou.

Isabel foi perseguida, desde a sua infância, por causa da sua grande piedade e do seu amor a Deus, sendo capaz de passar longas horas rezando. Muitas pessoas a criticavam dizendo que levaria o ducado à falência com as esmolas que dava, pois, de fato, ela fazia o bem a todos os pobres e necessitados. Porém, um dia, o seu marido, homem inclusive de muito valor e coragem, partiu para lutar na Sexta Cruzada, em 1227, e lá foi morto. Então, a desgraça se abateu sobre a pobre Isabel. 

Ela, que era a princesa e a esposa do príncipe que reinava sobre o ducado, foi perseguida por seu cunhado, o Duque Henrique, que não queria que os filhos dela fossem herdeiros do trono. Por isso, ele exilou Isabel do palácio, e deu a ordem de que ninguém a acolhesse. De repente, a duquesa estava na rua com quatro filhos precisando ser alimentados, e a triste contradição da história é que aquele povo, que tinha recebido tantas e generosas esmolas dela, agora lhe fechava as portas quando ela implorava por comida. Ninguém teve coragem de ajudá-la, nem mesmo aqueles a quem ela ajudou, e Isabel se viu obrigada a entregar os seus filhos para serem educados em outras casas, com pessoas de confiança que dariam de comer a eles. 

Felizmente, esse período de privação e miséria durou pouco tempo, porque o pai da duquesa soube, de lá da Hungria, sobre a miséria que estava vivendo a sua filha e repreendeu severamente o Duque Henrique, mandando-o dar dignidade a Isabel. Também os vassalos e nobres que tinham acabado de voltar da Cruzada o repreenderam, e por isso foi concedido a Isabel um castelo, e ela foi restabelecida no seu lugar de nobreza. No entanto, sempre generosa e cheia de amor a Jesus e aos pobres, continuou a dar esmolas, fez-se terciária franciscana e, como tal, fazia longas horas de oração e realizava o bem aos necessitados até o fim de sua vida — vindo a falecer com apenas 24 anos de idade, no ano de 1231.

Vejam que exemplo extraordinário foi Santa Isabel da Hungria! Ela, ao invés de se revoltar contra Deus, não amaldiçoou ou se desesperou quando foi perseguida e caiu na miséria, pois sabia que estava sendo purificada para entrar no caminho da salvação. Na verdade, foi nessa situação deplorável que Deus agraciou Santa Isabel de grandes acontecimentos místicos. Ela foi acolhida por um padre que, com medo de ser descoberto com a duquesa, ofereceu-lhe abrigo no lugar onde estavam os porcos, num chiqueiro. Contudo, foi nesse lugar tão indigno que Jesus e os santos vinham visitá-la.

Vamos também nós enxergar em nossas vidas que, nos momentos de maior dificuldade e quando parece que tudo irá ruir, é Deus nos falando que deseja estar mais próximo de nós. Portanto, mesmo que não recebamos as graças místicas iguais as de Santa Isabel da Hungria, saibamos: pela graça da fé, Deus está do lado do justo e nunca o desampara.

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