Temos dito que para formar pessoas é preciso partir de uma antropologia correta. Mas, aonde queremos chegar? A resposta é simples: queremos ser santos. Ser santo é ter a alma tão unida à de Cristo Jesus que passamos a nos comportar divinamente. Quando vemos a vida dos santos, o amor com que amavam, a paciência com que suportavam as contrariedades, a fé que demonstravam, pensamos: isso não pode ser verdade; um homem não pode agir assim; é sobre-humano, é sobrenatural.
Eis aonde queremos chegar, à santidade. Entretanto, para que a graça de Deus opere em nossa alma, não podemos desprezar a natureza. É a natureza humana que, em contato com a divina, se comporta sobrenaturalmente. E para aprofundar esse contato — do divino em nós — é necessário um caminho pedagógico. Mas, muitas vezes, as pessoas não têm a humildade de começar essa jornada do começo, bem humanas, não já com as atividades superiores da alma. O bebê recém-nascido tem alma, mas não se veem nele as atividades mais elevadas, os atos mais sublimes de intelecção, de fé, e assim por diante. As pessoas miram no Santo Tomás consumado, sem se lembrarem de que um dia ele foi um bebê que apenas...