Recapitulando
Seguimos com o nosso curso sobre a batalha dos missais. É importante lembrar que não é nosso objetivo tomar as decisões prudenciais que cabem, na verdade, ao Magistério, aos bispos ou aos próprios padres que vão celebrar usando um ou outro missal. A ideia é oferecer aos interessados uma base teológica firme de modo que se possa debater o tema com foco naquilo que é realmente fundamental.
E esse fundamento, esse xis da questão, como já tivemos a chance de entender, é o fato de a Missa ser a renovação incruenta do sacrifício de Cristo na Cruz. Aqui é que está o verdadeiro debate, pois, como também já dissemos, existe dentro da Igreja uma corrente teológica filo-herética que quer, à moda protestante, reduzir a Missa a uma refeição, a uma partilha, a um simples memorial.
É verdade que, em certo sentido, a Missa seja um memorial. Mas é preciso ter discernimento para compreender que não é apenas isso, que não é essencialmente isso.
Para dar um exemplo. Os missais, antigos e novos, trazem sempre no início do Cânon uma bela ilustração do Cristo crucificado. Ora, esse desenho é também, de algum modo, uma representação do sacrifício, um...