Nossa Senhora, Mãe e refúgio dos pecadores, não nos abandona. Quanto maior a nossa miséria, a nossa malícia, tanto maior a misericórdia da Mãe do céu!

Lourdes e Fátima nos comovem, nos dão lições.

As aparições de 1917, num recanto de Portugal, abalam o mundo e patenteiam que Maria é sempre Mãe e Mãe de misericórdia!

Uma das videntes, Jacinta, reparou que Nossa Senhora se vestia com uma modéstia admirável. 

A Virgem paira sobre uma nuvem, envolvida desde a cabeça até a ponta dos pés num vestido de alvura puríssima. Um manto orlado de ouro cobre-lhe a cabeça e a maior parte do corpo. A túnica branca um pouco mais comprida que o manto é presa à cinta por um cordão dourado. Duas estrelas douradas adornam-lhe a majestosa túnica. Das mangas largas e levemente repregadas, sobressai a camisa que chega até o pulso. E das mãos juntas, à altura do peito, pende-lhe o rosário.

Belas lições às moças de hoje! O Rosário e a modéstia!

Que assuntos para as mais graves e sérias meditações! Jacinta, a angélica vidente, reparando na falta de modéstia dos vestidos de certas pessoas que a iam visitar no hospital quando enferma, dizia, referindo-se aos decotes e enfeites de luxo:

Para que isso? Se soubessem o que é a eternidade!

Afirmava a vidente que Nossa Senhora lhe tinha dito: — Que o pecado que leva a gente à perdição era o pecado contra a castidade; que era preciso evitar o luxo, não se obstinar no pecado e fazer penitência.

E Nossa Senhora, ao dizer isto, parecia triste, consternada… A pobrezinha Jacinta acrescentava quase chorando: — Ai! eu tenho muita pena de Nossa Senhora! Tenho muita pena!...

Ai! de nós! O brado de Nossa Senhora em Lourdes e em Fátima: Penitência! Penitência! Senão... ai! de vós!

Tomemos cuidado com a impureza. Dizia Sto. Afonso que noventa e nove por cento dos réprobos é pelo pecado da impureza que se condenaram. Façamos penitência e recitemos o Rosário da Virgem em reparação de nossos pecados! Em Lourdes e em Fátima, Nossa Senhora recomenda sempre: — Penitência! Rosário!

Referências

  • Transcrito e levemente adaptado de Meu ponto de meditação, do Padre Ascânio Brandão, Taubaté: SCJ, 1941, p. 80s.

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