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Há alguns meses, recebemos no suporte do site a seguinte pergunta: “Recentemente, li um artigo do site sobre o ano de S. José, e algo me capturou a atenção, a saber: ‘[…] crescer em devoção a este [S. José] que é, depois de Maria, o maior de todos os santos de Deus’. No entanto, não teria nosso próprio Senhor dito em Mt 11, 11: ‘Entre os nascidos de mulher não se levantou ninguém maior do que João, o Batista’? Como resolver esse dilema?”

Resposta: Nosso Senhor não se refere em Mt 11, 11 à grandeza de João Batista em sentido absoluto, como se ele fora, de todos os homens já nascidos ou por nascer, o maior em santidade e graça, mas em sentido relativo, por comparação com os santos do Antigo Testamento. João Batista, com efeito, foi o maior dos profetas, o que se vê pelos privilégios e ofícios que Deus lhe atribuiu, dentre os quais se podem destacar os seguintes:

  1. Foi santificado, isto é, purificado do pecado original ainda no útero materno e ali mesmo começou a anunciar, por seu frêmito de alegria, a presença do Messias (cf. Lc 1, 44);
  2. Instituiu, por inspiração especial, o batismo de penitência e, por disposição divina, teve a honra de batizar a Cristo no rio Jordão (cf. Mc 1, 7-11);
  3. Foi o primeiro a pregar a proximidade do Reino dos Céus, ao qual levou e converteu muitíssimos pecadores (cf. Mc 1, 5);
  4. Foi comparado pelo profeta Malaquias a um anjo (cf. Mt 11, 10; Ml 3, 1) e representado, como em seus tipos, pelos profetas que o precederam, especialmente por Elias (cf. Mt 11, 14);
  5. Teve, além do dom de profecia, a coroa da virgindade e a palma do martírio (cf. Mc 6,14-39), o que lhe merece gloriosas auréolas no céu.

Não há dúvida de que, por todos esses títulos e pela função especialíssima que lhe confiou a divina Providência (cf. Lc 1, 15ss), João Batista pode ser considerado o ponto alto de todo o Antigo Testamento e, por conseguinte, digno da mais profunda veneração.

Mas o mesmo Jesus, que louva tão sublimes predicamentos, na mesma passagem de Mt 11, 11 afirma: “No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”, o que se pode entender, como nota S. Tomás de Aquino, em referência a três coisas:

  1. Quer aos beatos que estão no céu, porque é melhor ter chegado à pátria do que ainda estar em caminho. Por isso, o menor no céu é maior, isto é, está em melhor condição do que o maior santo na terra;
  2. Quer a Cristo mesmo, que, sendo mais jovem que João, é contudo maior do que ele em dignidade (cf. Jo 1, 15), por ser o próprio Verbo feito carne;
  3. Quer, enfim, a diferentes estados dentro da Igreja, porquanto é maior o mérito das virgens que o dos casados, e o dos profetas que o dos simples fiéis; mas é maior ser pai nutrício do Verbo encarnado e esposo castíssimo da Virgem Maria do que ser profeta e precursor de Cristo.

Além disso, vale lembrar que o grau de santidade se mede em função da proximidade ou união a Deus, já que dizemos ser santo justamente quem tem com Deus como que uma só vontade ou coração. Ora, é evidente que, depois de Nossa Senhora, nenhum outro santo esteve tão próximo de Cristo e se aproximou tão estreitamente quanto possível da ordem hipostática do que S. José: só a ele, e a ninguém mais, foi confiado o cuidado especial “de alimentar, educar e proteger a Deus feito homem”. A conclusão impõe-se por si mesma.

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