Se, após o conhecimento de Deus e das coisas divinas, não há disciplina mais útil à vida cristã do que conhecer os privilégios e virtudes da Bem-aventurada Virgem Maria, devido às íntimas relações que a unem a Cristo e a toda a Santíssima Trindade, é evidente que, depois dela, nada pode ser mais proveitoso à fé nem mais doce à caridade do que conhecer os privilégios e virtudes do glorioso São José, devido aos vínculos que o unem a Maria e a Jesus. Porque, se bem é certo que somente a Maria foi dado ser Mãe de Deus segundo a carne, a que outra criatura foi dado ouvir da Rainha dos anjos: “Meu marido” e do próprio Verbo encarnado: “Meu pai”? 

Ora, se Deus mesmo, uma vez estabelecida na mente dos fiéis a verdade da Encarnação de seu Filho, quis estender tanto quanto o Batismo a devoção à Virgem Santíssima, como não ver no crescimento incessante da devoção a São José um desejo da Providência de que os mesmos fiéis, uma vez instruídos sobre a divindade de Jesus Cristo e a divina maternidade de Maria, tomem enfim, nestes tempos tão urgentes, plena consciência do patrocínio singular e da função especialíssima de José na vida da Igreja? Daí se vê em que estima devemos ter um conhecimento mais pleno e profundo de tudo quanto se refira e possa contribuir para promover sempre mais a hoje tão necessária devoção ao nosso Patriarca.

Aproveitando, pois, a ocasião que nos brinda o Ano Jubilar josefino de 2021, apresentamos aqui um curso exclusivo sobre a pessoa, vida, missão e prerrogativas do glorioso São José — proclamado há 150 anos Padroeiro da Igreja Católica —, persuadidos de que, como no caso de Maria, também José será mais amado quanto mais conhecido, já que não pode haver outro motivo para a pequena devoção que ainda hoje uns poucos lhe têm do que a grande ignorância em que sobre ele se mantêm. Afinal, se as melhores devoções são as que mais nos conduzem ao conhecimento e ao amor de Deus, como negar à de José o que afirmam da divina Sabedoria as Escrituras Sagradas: “Com ela me vieram todos os bens, e nas suas mãos inumeráveis riquezas” (Sb 7, 11)?