Queremos agora dar mais um passo no conhecimento da vida do santo Patriarca. Nós vimos como ele foi predestinado por Deus, escolhido e profetizado ao longo dos séculos. Isso é muito importante de enfatizar, porque, entre boa parte das pessoas que falam dele, se tende a pensar que S. José entrou na história da Encarnação e da nossa salvação como um “segundo pensamento” de Deus, um afterthought: Deus, de repente, se lembrou de incluir S. José em seus projetos.
Não é verdade. José foi pensado por Deus no decreto da própria Encarnação. Sabendo, além disso, que ele foi agraciado por Deus desde o primeiro momento no ventre da mãe (sem entrar aqui em questões de uma possível imaculada conceição, privilégio exclusivo da Virgem Maria), temos de entender que ele também cresceu em graça ao longo do tempo.
Ora, um dos atos que mais fizeram S. José crescer na graça foi o seu casamento com a Virgem SS. O Papa Leão XIII recorda essa verdade: no matrimônio, dá-se a mais perfeita união entre duas pessoas humanas; portanto, se houve essa união entre S. José e a Virgem SS., ele, de alguma forma misteriosa, começou a participar também das graças que Nossa Senhora...